Capítulo 38

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— Sr, Matias, será que podemos voltar ao seu caso?

— Ah, claro, senhor. Me desculpe.

O cliente ficou até sem graça com a atitude do advogado e até pensou que aquilo só poderia significar uma coisa: O Dr. Danilo Tardelli não estava contente com a carreira de cantor do filho. Mas por qual motivo se o rapaz cantava tão bem?

Os minutos iam passando, e Laura tinha levado a Kelly até um parque no Rio de Janeiro. Lá, elas poderiam conversar sobre os últimos acontecimentos e, claro, namorar um pouquinho também.

Kelly sentou-se na grama perto do lago, e Laura ficou atrás dela a abraçando. Naquele dia, o parque estava sem movimento com um ventinho gostoso brincando com as folhas das árvores e com o doce canto dos passarinhos.

— Obrigado por me trazer aqui, amor... — agradeceu a Kelly.

— Eu é que agradeço pela a sua companhia...

Kelly sorriu, virando-se para dar um beijinho na boca dela.

— Até pouco tempo se alguém me dissesse que eu iria estar aqui com você desse jeito, não acreditaria... — admitiu Kelly.

— Ah, pode falar sem medo... — sorriu — Você queria me pegar, Kelly.

— Idiota! — sorriu também — Eu te amo tanto!

— Eu também... E tenho até medo de explodir, sabia?

— Por quê? Não quero que você exploda, Laura.

— Porque é tanto que amor que eu sinto por você que nem está mais cabendo no meu peito.

— Não faz isso... — pediu com uma voz manhosa — Eu é que vou explodir com toda a sua fofura.

Laura a agarrou para um beijo e foi para cima dela, fazendo a patricinha se deitar lentamente na grama. Após o beijo, as duas ficaram com o corpo virado uma para a outra e sorrindo.

— Você me faz tão bem... — disse Kelly. — E eu queria muito que o meu pai entendesse isso.

— Esquece isso, Kelly... Foca em nós duas... No agora.

— Sabe o que eu queria agora?

— O quê?

— Eu queria fugir com você para bem longe dessa cidade, de tudo... E ir para um lugar onde existiria só eu e você. — sorriu — Que loucura que estou dizendo...

— Não é loucura. Vamos fazer isso agora! Eu topo. — disse Laura, levantando-se e pegando uma das mãos dela.

— Não, Laura. — sorriu, levantando-se também — Eu só estava brincando, mas quer dizer que a senhorita fugiria mesmo comigo?

— Claro. Eu toparia qualquer coisa com você.

— Hum... — envolveu os seus braços no pescoço dela, enquanto Laura a agarrou pela cintura— É perigoso você me dizer uma coisa dessas...

— Ah, é? — começou a falar no ouvido — Safada do jeito que eu gosto... — declarou, beijando o pescoço e colocando as mãos por dentro da blusa dela.

De repente, o celular de Kelly vibrou no bolso dela.

— Ah, só pode ser o meu pai...

NATIESE - Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora