Capítulo 52

1.4K 126 16
                                    

            Betão fechou os olhos diante daquela arma apontada para ele, mas ao invés de ouvir o barulho do tiro, ele ouviu o barulho de algo se quebrando na cabeça do agressor. Por isso, abriu os olhos e viu que a sua mãe tinha mandado uma garrafa com toda a sua força na cabeça de Sandro.

— Betão, eu vou chamar a polícia antes que ele acorde. — disse Heloísa, estendendo a mão para o filho se levantar do chão.

A mulher pegou o telefone e ligou para a polícia. E Betão estava a olhando muito decepcionado, porque aquele rapaz não era outro senão o Sandro, que havia tentando estuprar a Laura e também que estava foragido da polícia por traficar drogas na cidade.

Após a mulher ter desligado a chamada, Betão desabafou:

— Mãe, por que a senhora estava com esse cara? Ele quase estuprou a Laura.

— O quê? Ele é o Sandro que tanto você falava?

— Sim. E é por isso que ele nunca veio quando eu estava, porque sabia que eu era filho da senhora.

— Me desculpe, filho. Eu realmente não sabia que era ele.

— A senhora falou que ia terminar com ele?

— Sim. E foi o que eu fiz. Mas ele ficou muito transtornado e veio aqui tirar satisfações com essa arma aí. — disse ela, apontando para a arma, que havia caído no chão a poucos metros do Sandro.

Neste instante, a viatura da polícia chegou em frente à casa de Heloísa. Eles haviam chegado depressa porque estavam andando pela aquela região naquele momento. Depois de entrarem na casa, os policiais ouviram o relato da mulher e algemaram o Sandro, que já estava voltando a ter consciência.

Enquanto isso, na mansão dos Smiths, Natalie estava em seu quarto conversando com a Kelly. E também já estavam se arrumando para ir até a faculdade logo mais.

— Amiga, eu nem sei como agradecer esse apoio que você e a Laura e o Sr. Smith estão me dando. Se não fosse por vocês, sabe lá aonde eu estaria nesse momento. — disse Kelly.

— Não precisa agradecer, Kelly. Você sabe que é uma irmã para mim e agora também é a minha cunhadinha. — respondeu Natalie, sorrindo.

Kelly sorriu, e Natalie continuou:

— E olha: Você pode ficar aqui o tempo que precisar. Não tem problema.

— Obrigado, amiga. A Laura falou que a minha mãe vai tentar falar com o meu pai, mas, sinceramente, eu não estou no clima de voltar para casa depois de tudo que ele me disse.

— E está certa. O seu pai extrapolou dessa vez. Tudo bem que ele não aceita, mas daí a te expulsar de casa quando você não tem nem para onde ir é muita maldade.

— O chato é que vou sentir falta do Fabinho. Ele acabou ouvindo a conversa minha entre o meu pai e ficou chorando.

Natalie terminou de passar o batom em frente ao espelho e sentou-se ao lado dela na cama, abraçando-a de lado.

— Não fica triste, amiga. Qualquer coisa, eu e a Laura raptamos o Fabinho para ver você.

— Natalie! — disse Kelly, sorrindo.

— Brincadeira! Mas isso vai passar, Kelly. Logo, você vai estar de boa com os seus pais e ao lado do Fabinho.

— Tomara, amiga. E que isso não demore muito.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora