Capítulo 1 - Sonhos

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Nossa história começa dentro de uma grande caverna onde um jovem de 18 anos com mais de um metro e noventa de altura está à frente de uma grande pedra que o impede de passar.

Ele se abaixou, colocou um joelho no chão e com o rosto prostrado para baixo tocou a ponta de sua espada dourada no solo, daquela forma ele orou ao seu Deus.

- Meu Deus, ouvi do meu pastor que mais vale um homem curvado diante de ti do que uma nação de pé servindo ao mal. Pai me abençoe.

Vamos voltar seis meses atrás para entender como aquele jovem herói chegou aquela situação.

Cezar, pai de Benjamim, o jovem herói, dormia e sonhava que estava em frente à igreja de Peniel, cidade onde morava. De repente o céu ficou negro, começou a chover forte e uma mulher vestida de branco avançou em direção à igreja. Ela ergueu as mãos e a igreja foi completamente destruída.

Cezar caiu ao chão com o impacto e a pessoa vestida de branco foi embora. No chão, ele viu alguns jovens com roupas de soldado, eles estavam de pé e com a cabeça baixa em frente à igreja destruída. Nervoso, ele os questionou.

- Por que não fizeram nada?! Por que ficaram parados?!

Uma voz alta e grave respondeu.

- Eles não foram treinados!

Cezar acordou assustado e contou o seu sonho a sua esposa que o aconselhou a conversar com o pastor da igreja a respeito.

Naquela mesma noite, de madrugada, o pastor da igreja levantou-se e foi orar no escritório que tinha em sua casa. Ele costumava fazer aquilo todos os dias e ao iniciar a oração sentiu uma inquietação muito grande de ir à igreja. Ele trocou de roupa e avisou a sua esposa que já voltaria.

Como morava perto ele chegou rapidamente a maior igreja da cidade que ficava bem no centro. Ele abriu o portão da frente e dirigiu-se até a entrada lateral, mas ao pegar a chave para abrir à porta a energia elétrica de toda a região acabou.

Vamos voltar mais seis meses no tempo e nos dirigirmos a Betel, cidade vizinha e rival de Peniel, nela, um homem muito velho, morador da maior mansão da cidade, que ocupava todo um quarteirão estava sozinho em seu gabinete.

Ele abriu o computador e viu notícias da festa dos jovens da igreja que tinha ocorrido na terceira semana de julho. Ele leu que a igreja tinha comemorado 199 anos e que no próximo ano realizaria uma festa inesquecível para comemorar os 200 anos de fundação.

Ao terminar de ver as notícias, a sala onde ele estava escureceu ficando quase que na escuridão total. Ao lado do seu gabinete tinha um modelo de corpo humano e nele havia uma máscara toda negra, os olhos vermelhos da máscara, que estavam em forma de relâmpagos, brilharam e dela saiu uma voz.

- Chegou a hora da sua vingança! Se prepare!

A luz voltou e o homem idoso, rindo muito, pegou o telefone e fez uma ligação.

- Chegou a hora, inicie os preparativos.

O ancião falava com dificuldade porque respirava puxando o ar. Após desligar o telefone, ele olhou para o computador e sorriu.

- Essa festa não vai acontecer.

Voltamos ao dia em que o pastor Anderson foi à igreja de madrugada. Horas antes, o morador da maior mansão de Betel se dirigiu aos portões da mansão e avisou que estava de saída.

Os homens que faziam a segurança da mansão estranharam porque fazia mais de vinte anos que ele não saia para rua, vivendo recluso e recebendo poucas visitas.

- O senhor vai sair sozinho? - perguntou um dos guardas.

- Eu não lhe devo satisfações. Abra o portão.

Ele saiu e entrou em um luxuoso carro que o levou para Peniel naquela fria madrugada. O ancião dirigiu-se a igreja de Peniel e transformou-se em um piscar de olhos, ficando com a máscara e a roupa preta que ele tinha em sua casa.

Assim que o pastor Anderson chegou, o ancião ergueu uma mão e fez desaparecer toda a luz da região. O pastor assustou-se e escutou uma voz grossa com um tom assustador.

- Anderson, como vai?

- Quem está aí? - perguntou o pastor.

- Alguém que você conheceu há muito tempo.

Anderson ficou confuso e pediu.

- Se aproxime, por favor, não consigo vê-lo.

- A última vez em que nos vimos foi há quase trinta anos, quando meu irmão faleceu aqui mesmo, em frente a esta maldita igreja.

- É você Arthur?

- Sim, mas me chame de Escuridão.

- Você sumiu por muitos anos, por que voltou agora?

- Em breve, você está igreja verão porque voltei.

­- Arthur, vamos conversar, não considero você um inimigo.

O silêncio tomou conta do local e dois grandes olhos vermelhos brilharam no escuro assustando ao pastor.

- Não vim para conversar Anderson, vim apenas avisar que daqui a seis meses não haverá a festividade de 200 anos de fundação desta igreja, adeus pastor, dê lembranças a Cezar e ao primogênito dele, nos vemos em breve.

Arthur desapareceu e a energia voltou, o pastor o chamou, mas não obteve resposta, então voltou para casa e deitou-se muito preocupado, pensando em tudo o que tinha ouvido.

Anderson foi orar novamente e teve uma visão que mudou para sempre a sua vida e a história da igreja de Peniel.

Esquadrão dos Valentes: O resgate do soldado feridoOnde histórias criam vida. Descubra agora