Capítulo 4 - Interação e mais perguntas

253 32 4
                                    

 Isthar Wonderwall.

Acordo com um pulo quando o celular começa a tremer, o despertador ativado. Olho ao redor momentaneamente confusa, para então me lembrar que estou no bunker dos Winchester e tenho uma grávida para encontrar.

Respiro fundo, desativando o alarme e curto o silêncio por um momento, para então me levantar e começar a agir com a vida. Confiro se a porta está trancada antes de simplesmente deixar fluir. A descarga de poder é mínima, basicamente mental, mas as coisas flutuam pelo quarto e um pano levita me ajudando com a poeira. Não demora mais que meia hora, mas a sensação é boa.

Vivi muito tempo sozinha, então posso dizer com certeza que não tenho o habito de reprimir as coisas de flutuarem ao meu redor pelo poder da mente com frequência. É mais fácil, e o meu lado preguiçoso simplesmente adora, além de tornar mais facilitar controlar toda essa energia que fica acumulada embaixo de minha pele.

Sinto meu cabelo ainda meio úmido, e sei que não foi exatamente uma boa ideia dormir com ele molhado, então passo os dedos tentando desembaraçar enquanto saio do quarto e sigo em direção a cozinha.

As vozes dos irmão chegam a mim e os encontro na cozinha. Dean está jogado em uma cadeira, com uma cerveja na mão e um prato com algo parecido com pizza a sua frente, e Sam está cortando algo.

-Hey – cumprimento entrando enquanto faço um coque. Dean ergue os olhos para mim por cerca de dois segundos, e os abaixa para sua comida em seguida.

-Pizza? – pergunta e eu franzo a testa para seu prato. A aparência não é boa, e olha que eu gosto de pizza.

-Pelo amor de Deus, Dean – resmunga Sam, me lançando um sorriso exasperado e desviando o olhar para o irmão. – Essa pizza está velha!

-Estava na geladeira- diz como se isso resolvesse tudo.

Ignoro os dois e sigo eu mesma até a geladeira, encontrando diversos restos de lanches, cervejas e alguns legumes aleatórios. Alguns poucos ovos e água também se incluem.

-Vocês vivem de restos, mato e cerveja? – pergunto me erguendo de novo e pegando Dean secando a minha bunda. Arqueio a sobrancelha para ele, que me responde com um sorriso cafajeste e um dar de ombros.

-O mato é do Sam- responde sem tirar os olhos de mim nem por um segundo. Balanço a cabeça em negação.

-Vocês tem plena noção que comer é um dos prazeres da vida, né? – digo me apoiando na geladeira e passando os olhos pelas prateleiras.

-Definitivamente não é o único – responde Dean com um sorriso de lado, e eu me deixo seca-lo por um momento.

Os cabelos de um loiro escuro ou castanho claro, depende da luz, estão úmidos, e apesar de cansado ele parece um pouco melhor. Suponho que tenha dormido também. Desço os olhos por seus ombros largos e engulo em seco. Gostoso.

-Não, não é. – concordo com um sorriso de lado que espelha o dele, desviando o olhar para as prateleiras novamente, em seguida.

-De qualquer forma os lanches são ótimos – diz se referindo a fast food.

-Sim, ninguém resiste a um hambúrguer e a bacon- digo me movendo para o armário e sentindo os olhares dos dois queimando em minhas costas.

Alcanço uma caixa de macarrão levantando os pés e sigo até o fogão, empurrando Sam para o lado com o quadril.

-Vamos comer um macarrão – digo em tom de ordem e o mais novo me olha divertido – É a comida mais fácil e gostosa que existe, e vocês sobreviventes deveriam saber que basta por água ferver, tacar a massa lá, esperar cozinhar e fazer o molho. Ou até mesmo comprar um pronto. Sei que são capazes.

Hiddden WingsOnde histórias criam vida. Descubra agora