Capítulo 5 - Ódio entre irmãos

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Dean Winchester.

Não faz sentido. Se Isthar não é de uma família de caçadores, como nasceu no sobrenatural? As possibilidades martelam em minha mente, mas nada concreto. O resto da viagem é silenciosa, e eu passo a maior parte do tempo listando para mim mesmo as coisas que sei sobre ela. É inteligente e de pensamento rápido, sabe de muitas coisas quanto há monstros, nephilins, anjos e demônios. Luta bem, tem uma boa mira, faz um macarrão gostoso, tem a confiança de Castiel. Nenhum dos itens listados ajuda a chegar a alguma conclusão.

Ela mal estaciona o carro, e eu já estou pulando para fora e seguindo para dentro. Conto para Sam em poucas palavras o que aconteceu, e começo a estranhar a demora dela de aparecer na sala. Algo em minha mente considera a possibilidade de ela ser um demônio. Quero dizer, obviamente há uma grande rixa com os anjos, e eles odeiam ela com todas as forças. Falo da possibilidade com Sammy, e ele apenas me olha indignado. Pego a água benta, de qualquer forma e sigo para a garagem, encontrando-a no meio do caminho, com cara de poucos amigos enquanto carrega inúmeras sacolas.

-Que bom que resolveu voltar e ajudar a pegar essas porcarias, levando em consideração que as mil cervejas são suas – resmunga quando me vê, parando de falar bruscamente quando nota minha expressão. – Qual o problema?

Não digo nada, apenas abro a garrafinha e jogo o conteúdo nela imediatamente. Ela solta as compras no chão, os olhos faiscando de raiva.

-Mas que...? – ela se vira e encontra Sam com uma garrafinha nas mãos também, dando de ombros para nós dois.

-Eu precisava ter certeza de que não era um demônio – digo e ela me olha absurdamente indignada

-E o Cas teria confiança em uma demônio? – pergunta tirando uma mecha molhada do rosto.

-Ele deu um beijo em uma há muito tempo, então nunca se sabe – digo em minha defesa. Ela se move até Sam, puxando a garrafinha das mãos dele e jogando a agua em mim.

-Eu precisava ter certeza de que você não era um demônio também, quero dizer poxa eu nem testei você antes de aceitar trabalhar aqui com vocês! – a ironia escorre das palavras dela e Isthar parece realmente irritada. -Se virem com essas porcarias de compras – diz e segue para dentro.

-Ela é louca ou algo assim? – pergunto limpando meu rosto e seguindo-a com os olhos enquanto entra no bunker. Uma visão e tanto, diga-se de passagem.

-Bem, não é ela que está encarando a bunda de ninguém – aponta Sam dando um passo para frente e pegando as sacolas.

-O que? Eu não.. – começo a me defender, mas Sam me interrompe.

-Nem comece a negar, Jerk – resmunga e eu xingo baixo, indo para as sacolas também.

Estamos colocando as coisas no balcão da cozinha quando Isthar aparece novamente. Os cabelos em um coque, e a mochila nas costas.

-Isthar? – chamo e ela vira os olhos azuis para mim.

-Que é? – ela parece brava – Quer jogar mais água benta em mim ou quem saiba queira testar alguma outra teoria de merda?

-Me desculpe, é só que você disse que nasceu no sobrenatural, mas a sua família não é de caçadores e eu ... – ela me ignora, virando as costas e seguindo para a garagem. – Espera, onde você vai?

-Embora – resmunga – Não preciso dessa merda. Posso procurar por Kelly de qualquer lugar.

-Você não está saindo daqui, Wonderwall- rosno dando um passo á frente e puxando-a pelo braço. Ela ergue os olhos para mim e arqueia a sobrancelha.

Hiddden WingsOnde histórias criam vida. Descubra agora