Take 1

1.2K 184 426
                                    

Olá meus amores, tudo bem? Espero muito que sim.
Estou muito feliz por estarmos começando e falando desse tema de extrema importância. Como sabem, o romance será em alusão ao setembro amarelo, um mês que abrange um assunto que cabe à todos nós. Espero imenso que gostem, assim como eu adorei escrever. E não esqueçam de votar e comentar caso a história desperte em você, algum sentimento.

Agora vamos ao que interessa, não é mesmo?

Agora vamos ao que interessa, não é mesmo?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Momentos....lembranças... desejos...amores...esperanças... paixões... Um dia todos se perdem. Os momentos passam, as lembranças são esquecidas, os desejos momentâneos, os amores perdidos, as esperanças acabam e as paixões... ah, essas são as piores.

Assim foi para Capitu. Não a Capitu do nosso querido Bentinho, não essa. Mas a nossa Capitu esperta e amável, que até então se considerava uma pessoa comum, invisível aos olhos dos outros. Se bem que de certa forma era. Nesse mundo decadente em que vivemos, todos acabam sendo invisíveis de alguma forma, certo?

Em tempos de crise isso até era de grande valia, mas em outros momentos, isso era o inferno em terra, em vida. Ah se ela soubesse o que lhe esperava... ah se ela soubesse o quanto sofreria. Talvez não tivesse entregado seu coração, seu amor e sua alma. Pois guardem o que irei lhes dizer; pessoas vazias não merecem seu coração, pois elas mesmas não o possuem.

Pessoas sem alma, não merecem ser amados, não merecem amor, paixão. Afinal, não retribuirão e como poderiam, se não sabem o que é amor? Não sabem o que é amar e por consequência disso, acabam magoando, contaminando quem se propôs a lhes dar amor, afeto, carinho. Não há redenção para quem não sabe o que é amor, para quem não quer amar e nunca haverá, pois precisariam de um coração para tal façanha...

Capitu se encontrava na sala abraçando seu corpo magro, em meio a pensamentos distintos. Se perguntava onde Lucas - seu noivo - estaria em plena três horas da manhã. A preocupação já tomava conta de si por completo. Aquela angústia já conhecida, um inquietamento sem tamanho, uma solidão descabida, martelando em seu peito.

Tudo pra Capitu era sobre sensações, às vezes já chegara a se perguntar o porquê, de todos os sentimentos serem sentidos com mais violência, com mais intensidade. E por vezes desistia desse pensamento, tentando se convencer que ela era apenas um desses seres humanos intensos, plenos, mas no fundo sabia que havia algo errado.

Nesse momento, ela ouviu no pequeno apartamento onde o casal morava, a chave rodar na fechadura. Um homem de estatura alta e corpo esguio, de cabelos morenos e olhos negros, vestindo um paletó amassado, entrou na casa em passos desordenados, completamente desalinhado. A mulher ao vê-lo, se jogou em seus braços, sentindo o alívio tomar seu corpo. Ele estava ali, Lucas tinha voltado pra casa são e salvo e aquilo bastava.

Mas logo que essa constatação veio, Capitu sentiu um cheiro diferente invadir suas narinas, um cheiro adocicado. Cheiro esse, que não era o perfume extremamente masculino do homem à sua frente. Capitu se afastou dele já sentindo a raiva invadir seu corpo centímetro por centímetro, camada por camada. Pois era assim que se sentia, feita por camadas.

Capitu - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora