Take 8

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Cheguei.... e antes da data prevista!

Aviso importante!
Este livro ganhará capa nova ainda nesta semana, então, fiquem ligados para novas atualizações, para não perder nenhum capítulo ...😍😍

O que de bom pode surgir de um temporal?

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O que de bom pode surgir de um temporal?

Quando chegar o momento certo, você entenderá que é, a diferença ao qual o mundo precisa. Por mais contrária que pareça essa ideia, é de você, que virá a força necessária para que vença o obstáculo. Pois lembre-se; a principal força que lhe possibilitará isso, surgirá de você. Olhe para si, olhe para dentro de si e se encontre, se redescubra, se refaça...

Na manhã seguinte, Capitu acordou atordoada com o pesadelo que lhe assaltou naquela madrugada. Um, dos inúmeros pesadelos que tinha com o pai. Eles nunca iam embora, sempre estavam ali rondando, esperando o momento para lhe deixar vulnerável, lhe mostrar quem ela era, ou quem achava que era. Carol estava com ela e parecia preocupada. Lhe cercando, conversando e evitando falar de Lucas ou sobre o que Capitu tinha feito. Depois do que falou ao entrar no quarto, ela não mais tocou no assunto, o que Capitu agradecia. A verdade é que a prima não sabia o que dizer, como dizer.

Capitu queria saber de Lucas, se ele ficou sabendo do ocorrido, se tinha vindo visitá-la, mas não tinha coragem suficiente para perguntar a Carol. Sabia que a prima a mataria caso o fizesse. Lembrava e relembrava com dor, o que tinha acontecido, as palavras do ex-noivo rondando em sua cabeça. Cinco anos vivendo em função dele, para ele. Tentava e tentava se lembrar o momento em que tudo começou a mudar e ela deixou de ser suficiente. Aquela velha sensação de sufocamento ameaçando lhe tomar, aqueles sentimentos como angústia, decepção, desespero, abandono, incapacidade, lhe tomando por completo. Tudo o que queria era voltar no tempo, poder impedir a partida de Lucas, fazer mais pelo homem que amava.

Sentiu os olhos arderem, mas achava não ter mais lágrimas, as tinha secado naquela madrugada. Só se manteve ali, calada, olhos perdidos em algum lugar no quarto.

Mas cedo uma enfermeira tinha vindo ao quarto e retirado a sonda vesical que ainda estava em seu corpo, um alívio sem tamanho com certeza, a sonda trazia um desconforto imenso. Também com a ajuda dela, tinha tomado banho e se sentia bem melhor agora. Soube pela mulher, que ambos os médicos que estavam no quarto ontem, eram psiquiatras, apesar de não conseguir se lembrar bem de nenhum.

Assim que Carol veio conversar com ela sobre ajuda médica - após ficarem sozinhas novamente - Capitu negou veementemente, tentando gritar para que Carol entendesse que ela não queria ver nenhum médico, não precisava de nenhum psiquiatra, psicólogo ou nada do tipo, não estava louca.

Tinha tentado tirar a vida sim, mas aquilo não era loucura, era desespero, falta de um sentido, abandono. Não queria dizer que precisava ir parar em um manicômio. Carol fez que não escutou, alegando que a voz de Capitu estava um tanto embolada. Capitu conhecia bem a prima, sabia qual era seu jogo, ela apenas fingiu não entender.

Capitu - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora