Como encarar de frente uma doença silenciosa e destrutiva? Como se defender de sentimentos que te apavoram, te levam a um lugar escuro, te escondendo do mundo ao seu redor?
Capitu...Nossa querida Capitu, abandonada em um momento difícil e infeliz...
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Em revisão
O que no fim, o que nos deixa aliviados, é que sabemos; a bela adormecida sempre acorda ao final da história...
Quando falam de amor, o que vem a sua cabeça? O que você sente? Será que temos mesmo, uma imagem formada sobre esse sentimento? Não deveríamos ter, essa é a verdade. O amor se cria, é moldado de forma diferente por cada ser consciente de seu próprio sentimento e vida. Não deve ser algo planejado, calculado e manipulado, pois se for algo assim... simplesmente não é amor!
"― É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa.
Por pouco que os sentimentos ou as opiniões de tal homem sejam conhecidos ao se fixar numa nova localidade, essa verdade se encontra de tal modo impressa nos espíritos das famílias vizinhas que o rapaz é desde logo considerado a propriedade legítima de uma das suas filhas.
- Caro Mr. Bennet - disse-lhe um dia a sua esposa -, já ouviu dizer que Netherfield Park foi alugado afinal?..."
Capitu ouvia a voz do anjo lhe falar, como se lesse uma história... ei! Isso era Jane Austen? se perguntou por um momento, tentando abrir os olhos, ou emitir algum som, não conseguiu e ele continuou a leitura por bastante tempo. Capitu não sabia ao certo, mas aquela voz lhe transmitia algo realmente bom. Paz... conforto... amor... segurança e aconchego, tudo de mais precioso no mundo.
Antes que o anjo pudesse terminar o segundo capítulo de seu livro tão amado - Orgulho e Preconceito - Capitu voltou ao seu estado comum de inconsciência e completa escuridão.
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Naqueles quatro dias que se seguiram, Tiberius já tinha feito de tudo, até mesmo servido de conselheiro amoroso para Augusto, e Deus sabe que tinha sido horrível em sua ajuda. Mas também, não conseguia ajudar nem a si próprio, imagine a outros. Era um psiquiatra, um bom por sinal, porém ali, não se sentia apto a ajudar ninguém, estava com a cabeça cheia.
Sentado na poltrona ao lado do leito, pôde refletir suas ações e sabia, tinha ido longe demais. Corria o risco de perder sua licença e até mesmo de ser preso, caso o ex-noivo da mulher a sua frente, fizesse realmente a queixa. Tinha perdido a cabeça e isso começava a ferver seus miolos. O que tinha dado nele afinal? Que direito tinha de partir pra cima do homem daquela forma? Mal conhecia a mulher. Sabia de parte de sua história, a parte em que a prima lhe permitiu saber, mas ainda sim, não era suficiente para tanto. Isso ele reconhecia.
