Capítulo 15

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             Aportamos em uma pequena ilha no meio do mar, e ao que parecia completamente deserta

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             Aportamos em uma pequena ilha no meio do mar, e ao que parecia completamente deserta. Eu me sentia entorpecida e não achava que fosse mais capaz de chorar.

Efine e eu preparamos o corpo dele, para a cremação.

Não existia mais nosso incomum Triunvirato, agora eram só duas pessoas.

Nós duas arrancamos uma mecha do cabelo e colocamos junto a ele. Eu não havia podido dar um enterro digno ao meu pai. Nem sabia que providencias Domeciano havia tomado. Mas o que eu pudesse fazer por Carmelo faria.

Peguei uma das moedas que estavam no saco e coloquei em sua mão para que ele pudesse dar a Caronte para atravessar o rio do mundo dos mortos.

Isacc estava com a tocha pronta.

Efine me olhou e eu assenti.

Fui para o lado da minha amiga enquanto Isacc esperava uma confirmação balancei positivamente a cabeça. Ele baixou o braço, o fogo foi rápido lambendo todo seu corpo, o ar escapou de meus pulmões e tive que me sentar desolada no chão.

Efine se sentou ao meu lado colocando a mão em meu ombro, ela não disse nada. Não parecia haver muito o que dizer.

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— Carmelo não apareceu por aqui hoje – Eu disse a Efine.

— O pai dele estava doente, deve estar esperando que o velho desgraçado morra.

— Não fale assim Efine – eu a repreendi.

— Não vou pedir desculpas por falar a verdade, você sabe tão bem quanto eu que aquele velho pançudo explorou ele por toda vida, sentir pena dele não vou. Carmelo vai ficar melhor quando ele morrer.

Eu suspirei, não discutiria com ela, pois por mais duro que fosse a verdade ela tinha razão.

— Então talvez devêssemos ir até lá, não pelo pai dele é claro, mas por ele.

— Sim, ele precisa de nós, mas não acho que seu pai vá permi...

— Pandora – meu pai bateu na porta de meu quarto.

— Não custa nada pedir – eu corri para abrir a porta – papai eu...

— Pandora – ele me interrompeu seriamente – seu amigo está no pátio.

— Oh, então o pai dele melhorou?

—Não – ele balançou a cabeça negativamente

— Ele morreu – Efine adivinhou.

Ele assentiu, eu senti minha expressão murchar.

— Ele está sozinho.

— Não está – discordou – o chamei para trabalhar para mim, você me disse que ele era bom com o arco e flecha então eu posso ajudar a melhorar essa habilidade, não faz mal ter mais uma pessoa de confiança cuidando de você.

Contos de Pandora [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora