8ª maneira

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8ª maneira - ria (e torça) dos foras que Minerva McGonagall der nela.

— Perdoe-me? — McGonagall levantou uma sobrancelha — Creio que não escutei direito.

Nesse momento, todos calaram-se, observando atentamente as duas mulheres.

— É agora — murmurou Fred, esfregando as mãos.

— Se você não está se importando com essa "guerra", acredito que está aprovando o comportamento desses pestinhas! — Umbridge gritou, furiosa.

— Primeiramente: não admito que use este tom comigo, exijo o mesmo respeito pelo qual lhe trato. Em segundo lugar: é inadmissível chamar os nossos alunos de forma tão pejorativa — disse McGonagall, sem levantar o tom de voz.

— Uuuuuuh! — Sarah fez corinho com os gêmeos.

— O que é pejorativo? — Fred murmurou para George.

— Não tenho ideia, mas finge que sabe — George murmurou de volta.

— Não tente fugir da conversa, Minerva! Faça alguma coisa! — ela continuava gritando.

— Se não estivesse tão ocupada gritando, perceberia que a confusão terminou. Acho que a sua tosse diária já está explicada, Dolores. Não deveria gastar tanto a voz, não faz bem.

Umbridge virou-se para os alunos, e percebeu que eles as observavam, calados.

Sarah e os gêmeos vaiaram a diretora, o que fez com que ela ficasse vermelha de fúria.

— Muito bem... Agradeço pela preocupação, Minerva, mas não preciso que você me diga o que devo fazer ou não — respondeu, fazendo o possível para manter a voz baixa — Afinal de contas, eu sou a diretora.

— Tia Minnie tinha que ser a diretora! — gritou Sarah.

— Oras! Com o apoio do ministério, realmente, isso é fácil de se resolver — a professora tentou não sorrir com o grito da aluna.

— Não sei se você está lembrada, mas foi o ministério quem me colocou como diretora — relembrou Umbridge.

— Acho que é a senhora quem não está entendendo o que quero dizer. É muito fácil tornar-se diretora, sendo nomeada pelo próprio ministro da magia — retrucou McGonagall — Gostaria de saber se ganharia, havendo uma eleição entre os professores e corpo docente. Ainda mais, pelo método de detenção que tem aplicado aos alunos. Eles podem não me contar, Dolores, mas não sou cega. Uso óculos por um motivo.

— Receba — gritou Sarah.

Fred e George caíram na gargalhada. Umbridge ficou ainda mais vermelha.

— Quanto tempo acha que ela dura sem voltar a gritar? — perguntou Sarah a Fred, não muito discretamente.

— Mais um comentário, srtª Black, e eu te dou outra detenção! — Umbridge falou, ainda controlando a voz.

— Consta-me que existe liberdade de expressão, Dolores. Embora ela não tenha sido muito utilizada, no momento em que chegou a esta escola, e começou a impor esses seus decretos — McGonagall fez um gesto amplo com as mãos, demonstrando os quadros com os decretos, presos nas paredes do castelo — Entretanto, aconselho a senhorita Black a tomar cuidado com suas palavras. Apesar de tudo, permanece sendo a diretora de Hogwarts, a quem se dirige.

Os alunos tiveram de se segurar para não vaiarem Umbridge.

— Vocês, primeiranistas! — os garotinhos empalideceram — Vocês começaram isso! Percebem a confusão que criaram?

— Em quais fundamentos se baseia para afirmar que foram eles quem começaram isto? — perguntou McGonagall.

— Eu vi, Minerva! — ela parecia desesperada em sair por cima, e culpar alguém do acontecimento — Aquele pestinha ali foi quem lançou o primeiro feitiço! — ela apontou para o garotinho, que logo se encolheu.

— Pensei que já tínhamos esclarecido quanto a este termo, Dolores — disse McGonagall — São alunos de 1º ano! Mal sabem lançar um feitiço. E, mesmo se souberem um ou dois, não teriam a intenção de causar todo este escândalo. Provavelmente, o senhor Thompson estava tentando pregar uma peça em seu colega, o feitiço deu na pessoa errada, e assim começou este escândalo.

— Sugere que foi um acidente? — perguntou Umbridge.

— Creio que está muito paranoica, Dolores. O que pensa ser? Uma conspiração contra ti? — perguntou McGonagall — O senhor Thompson receberá uma detenção comigo, pois não é permitido uso de feitiços em pleno corredor. No entanto, não creio que seja possível castigar a todos os presentes. Em sua gritaria, os principais responsáveis, naturalmente, devem ter se afastado.

— Eu quem mando aqui — Umbridge parecia soltar fogo pelos olhos.

— Estou no colégio há mais tempo, pensei que poderia indicar-lhe o melhor castigo disciplinar — a professora fingiu inocência.

— Pensou errado — disse Umbridge.

— Vejamos o que o ministro pensa sobre as penas. Isso se ele não está concordando com este método bárbaro.

Esta última frase deixou a diretora boquiaberta, enquanto McGonagall girava em seus calcanhares, levando o garoto do 1º ano consigo.

— Isso é mais épico que... Não! Não tem nada mais épico que isso! — murmurou Sarah, os olhos brilhando.

— Já para as suas aulas! — gritou Umbridge, respirando pesadamente — Agora!

O grupo separou-se rapidamente, não querendo ser alvo da fúria da mulher.

Assim que chegaram no Salão Comunal, todos começaram a comentar, empolgados, nem Hermione se salvava.

— Se eu dissesse que esse era o próximo da lista, acreditariam? — perguntou Sarah para Fred e George.

— Professora Trelawney não vê seu potencial — disse Fred, rindo.

— Cara, eu estava contando com a sorte de que, em algum momento, a McGonagall e Umbridge discutissem, como já fizeram antes — disse Sarah, ainda chocada.

— Dois itens em um só momento — disse George, sorrindo — As coisas estão saindo melhor do que imaginávamos.

Nesse momento, Sarah espirrou.

— Espero que o próximo item não envolva sair durante a noite ou pegar muito vento, você está gripada — disse Fred, olhando preocupado para ela.

— Ah! Eu nem... — ela espirrou.

— Vai trocar de roupa! — Fred disse.

Sarah assentiu com a cabeça, espirrando de novo.

20 maneiras de irritar Dolores UmbridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora