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Quando o Uber chegou no meu apartamento, Zayn pegou o carro dele na garagem do prédio e logo foi embora. Quando abri a porta de casa dei de cara com a Sofia.

— Sua safada - ela correu e me abraçou - estava morrendo de saudades!

— Eu também sua doida. - respondi no mesmo entusiasmo que ela e logo nos soltamos.

— E aí? Como foi lá? Seu pai gostou do Zayn?

— Você conhece meu pai, tentou se fingir de rígido e ciumento com a filha, mas ele gostou mesmo do Zayn. - falei sorrindo - Eles se deram super bem, o Zayn quando chegou lá estava tão tenso que até pensei que ele iria desmaiar na hora. Mas no final eles se entenderam, até ficavam jogando futebol juntos.

— Sei como seu pai é. - ela disse rindo - Tio Porter não facilita pra ninguém, lembra quando ele ficava pegando meu brinquedos e colocando no alto pra eu não conseguir pegar? Parecia uma criança.

Eu caí numa gargalhada.

— Meu pai podia fazer isso até hoje, você continua uma tampinha.

Sofia fez uma careta de brava e me deu um soquinho no braço. Conversamos por algum tempo e depois fui desfazer a mala, fiquei umas 2 horas pra ajeitar tudo e depois fui tomar um banho quando ainda eram 18h48. Tomei um banho, coloquei um Jeans preto e um moletom, tinha me esquecido como em Tóquio estava frio nessa época.

Já estava começando a sentir saudades do meu pai, essas duas semanas com ele foram umas das melhores da minha vida, junto com meu pai e com a pessoa que eu amo. O melhor de tudo foi tentar, pelo menos por alguns dias, fugir de todos os problemas, ver Zayn tão relaxado foi meu ponto de paz. Até para mim, mal pensei em tudo o que estava acontecendo antes de irmos para Chicago, mas parece que tudo voltou assim que coloquei os pés em casa, comecei a pensar em como o Zayn resolveria tudo. Como ele poderia se resolver com uma gangue que poderia matar a família dele toda em segundos?

Tentei me dispersar desses pensamentos, peguei meu celular para avisar a minha mãe que já tinha chegado em casa e que estava segura: "Mãe, cheguei em casa pela manhã e já estou bem, não se preocupe. Te amo, qualquer coisa que precisar me liga."

Depois de mandar essa mensagem pra minha mãe fui na cozinha preparar alguma coisa para comer. Mais cedo Sofia tinha dito que iria sair pra resolver algumas coisas, então estava completamente sozinha em casa. Abri a geladeira e estava quase toda vazia, não tinha nem uma caixa de leite. Bufei, teria que ir ao mercado comprar algumas coisas.

Fui até meu quarto e peguei minha carteira, depois saí do meu apartamento indo direto para o mercado. Comprei algumas coisas para o jantar de hoje e o almoço amanhã.

Quando saí do mercado as ruas estavam completamente vazia, sem ninguém e a escuridão deixavam tudo até bem medonho. Não liguei pra isso e quando estava na calçada indo para casa meu telefone tocou.

— Alô? - atendi

— Oi amor. - era Zayn - Tá tudo bem?

— Sim, acabei de sair pra comprar algumas coisas pra comer, tô voltando agora pra casa. E você?

— Ah, sim. Tô bem, só liguei pra saber se você tá bem. Amanhã vou aí passar o dia com você.

— O.k., tenho que desligar tô no meio da rua, mais tarde eu te mando mensagem. Te amo.

— Te amo.

Desligamos e guardei meu celular, minha casa estava próxima, era só virar pelo menos duas esquinas. Senti uma sensação ruim naquele momento, havia um homem encapuzado logo atrás de mim, comecei a andar mais rápido mas ele me perseguia acompanhando meus passos, ele estava tão ofegante que dava para ouvir de longe. Olhei para trás tentando localizá-lo, mas ele já tinha ido embora.

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