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Passei a noite inteira praticamente acordada, não conseguia dormir pensando que a vida de Zayn estava em perigo, dei algumas cochilos de leve e só. Quando eram umas 5h46 da madrugada eu fui para a cozinha tentar me distrair com alguma coisa e fazer o café da manhã.

Preparei algumas torradas e passei manteiga em alguns pães pra quando o Zayn acordar, descasquei e cortei uma maçã e coloquei tudo em uma bandeja. Fiz um suco de laranja e levei pro quarto, deixei em cima do criado mudo pra quando ele acordasse.

Me aconcheguei do lado dele da cama até que ele acordasse, queria deixar ele confortável, porque se até eu estava surtando por causa disso, ele devia estar muito pior. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Sofia avisando que eu ia voltar pra casa provavelmente só a noite, queria passar o dia com Zayn.

— Amor? - Zayn perguntou se sentando na cama ainda sonolento e esfregando os olhos.

— Ei, preparei uma coisa pra você. - disse e acendi a luz do quarto. Quando ele se sentou peguei a bandeja e coloquei no meio da cama, ele deu um riso. - Virou cozinheira agora? - ele perguntou

— Quero fazer o melhor pro meu namorado.

Ele suspirou e o sorriso se desfez, sabia que ele iria começar a falar sobre o que ele me falou ontem a noite.

— Jennifer, eu não quero que você se preocupe com o que eu falei ontem. Eu sei que estou muito ferrado e que pode acontecer alguma coisa se eu não dar um jeito, mas eu vou consertar isso, eu só preciso de... tempo. Eu vou conseguir o dinheiro, não precisa se preocupar, de verdade.

Não me preocupar? Tá de brincadeira, meu namorado se meteu com uma gente perigosa, estava devendo sei lá quanto pra eles e com risco de vida, como não me preocupar?

— Zayn, eu me preocupo sim, eu te amo e não quero que nada aconteça com você.

Ele me deu um beijo na testa e disse:

— Eu sei, eu também te amo. Mas não quero que sua vida vire de pernas pro ar como a minha está, eu nem devia ter te falado isso, quanto menos você soubesse melhor.

— Melhor? Eu sou sua namorada, é claro que eu tenho direito de saber!

— E agora você sabe. Só estou te pedindo para confiar em mim.

— Eu confio.

— Então me deixe acertar as coisas do meu jeito. Mas eu quero que você me chame se acontecer alguma coisa. Não é sou que estou em perigo, você também está desde o momento que entrou na minha vida. Se acontecer alguma coisa com você eu nunca vou me perdoar. - os olhos deles estavam lacrimejando e ele piscava para segurar as lágrimas, percebi que eu estava fazendo o mesmo.

— Tudo bem, vai dar tudo certo. - eu disse suavemente - Eu confio em você, e não vai acontecer nada comigo.

— Eu não sei se acredito muito nisso. - ele fez uma pausa - Estou com medo.

— Eu vou ficar do seu lado, e nada vai acontecer, está bem?

— Vou tentar ter esperança disso.

Peguei a bandeja e coloquei no meu colo, peguei um pão e dei a ele.

— Não vai provar uma das minhas especialidades na cozinha? - disse sorrindo

— Quero ver se é bom mesmo. - ele deu uma mordida e fez um “hmmm”.

Passamos o dia no apartamento dele e vi que ele estava bem melhor depois de tudo o que aconteceu. Quando ficou tarde vim para o meu apartamento depois de ter certeza que ele ficaria mesmo bem.

Quando cheguei em casa Sofia estava lá, ficamos algum tempo conversando e assistindo um filme de comédia que estava passando na TV. Depois fui para o meu quarto e peguei meu notebook, entrei no Skype e vi que tinha uma chamada do meu pai. Fiquei feliz e retornei para ele, que logo atendeu. Quando vi o rosto dele do outro lado da tela foi como se meus problemas tivessem desaparecido, meu pai sempre foi meu refúgio quando tinha algum problema. Eu sorri e acenei para ele.

— Gatinha, estou com tanta saudade de você.

— Pai, nem me fale estou quase surtando.

— Aconteceu alguma coisa? - vi uma nota de preocupação nos seus olhos e sua voz.

— Alguns probleminhas, mas nada com que se preocupar. - menti

— Sabe que pode contar comigo para o que precisar, né?

— Sei pai. Te amo.

— Também te amo gatinha. Sabe, você podia vir passar uns 5 dias aqui em Chicago comigo.

Sorri.

— Sério? Eu iria adorar.

Precisava de uma distração disso tudo, ir ver meu pai ia ser a melhor coisa a fazer.

— Sim, você pode vir pra cá nesse fim de semana se você quiser.

— Pai, posso levar uma pessoa? Quero muito te apresentar o Zayn.

— Zayn? Mas que Zayn? Seu namoradinho?

Dei risada.

— Meu namorado. Não quer conhecer seu genro? - perguntei brincalhona.

— Pode trazer ele, quero conhecer ele, saber das intenções dele com a minha menininha. - ele disse com um olhar fingindo severidade.

— Vou falar com ele e tentar convencer. Pai, tenho que desligar, mas amanhã te ligo para confirmar se ele vai ou não e combinar direitinho, mesmo se ele não quiser ir, eu vou com certeza.

— Tudo bem filha, boa noite.

— Boa noite.

Desligamos e eu deitei na cama para dormir. Eu podia convencer o Zayn, falei a mim mesma. Seria uma distração para ele também, sem gangues perigosas e mortais e nem escola, sem estresse.

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