Um Amor Secreto

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Passei a noite no chão sentada, apoiando a cabeça na cadeira em que eu estava amarrada. Não consegui dormir. E quem conseguiria? Eu já sentia um aperto forte no peito, eu sentia que ia morrer, Zayn não conseguiria pagar ao homem, se tratava de muito dinheiro, ele não tinha condições. logo de manhã aquele homem estava gritando com outro cara, suponho que seja seu companheiro de sequestro.

— Porra, esse filho da puta ta achando que é filme? Ta achando que eu vou esperar até o último minuto pra matar essa idiota da namorada dele? Ele acha que eu to brincando - deu uma risada alta.

— Ele vai pagar de um jeito ou de outro - o outro respondeu, dando uma risada sarcástica.

Aquela voz era familiar, poderia jurar que o conhecia de algum lugar, mas não conseguia pensar nisso com aquele homem gritando que queria me matar. Eu precisava fugir dali, não iria ficar esperando a minha morte.
Me levantei do chão e comecei a procurar mesmo estando no escuro, minhas mãos estavam machucadas de tanto socar a porta ontem de madrugada.

Eu não podia tentar dar uma de fugitiva sem saber se eles possuíam alguma arma de fogo.

Comecei a procurar em todos os lugares daquele balcão, alguma coisa que me ajudasse, qualquer coisa. No desespero eu deixei muitas coisas caírem no chão, fazendo muito barulho, de repente comecei a ouvir sons de trancas se abrindo. O homem abriu a porta lentamente, corri pra a cadeira para me sentar.

— Oi, bonitinha - ele deu um sorriso nojento.

Fiquei em silêncio olhando fixamente pra porta que estava aberta. Ele percebeu meu olhar e logo deu um sorriso fraco.

— Você quer sair? - ele perguntou.

Continuei o ignorando.

— Vai ser assim, Jennifer? - ele deu uma pausa na fala, fechou a porta levando a luz do sol junto - eu não queria ter que te matar, você nunca deveria ter entrado na vida desse garoto.

Eu só ouvia a sua voz de longe se aproximando cada vez que falava mais.

— Você é tão bonita, ele não te merecia - ele chegou perto demais e acariciou meu cabelo.

— Você não sabe de nada - disse em um tom alto, tirando aquelas mãos de mim com a maior força.

— Que foi, gracinha? - ele ficou atrás da cadeira em que eu estava, colocou suas mãos em meu ombro e apertou.

— O que você quer agora? - Já não conseguia mais mostrar forças naquela situação.

Ele rapidamente segurou meus braços e os amarrou na cadeira novamente. Ele pegou outras duas cadeiras e amarrou minhas pernas em cada uma delas, ele as afastou, deixando minhas pernas completamente abertas.

— Por favor não faz isso - disse entre soluços.

— Mas eu ainda não fiz nada - ele deu uma risada nojenta.

Não conseguia mais mostrar reações, não conseguia me mover, não conseguia me defender, não conseguia gritar, não conseguia fazer absolutamente nada.

Suas mãos desciam cada vez mais pelo meu corpo, eu só conseguia olhar a ação dele. Meu olho encheu de lágrimas, que foi caindo aos poucos. Ele ria alto, como se fosse uma coisa muito engraçada, ele era um perfeito psicopata.

De repente ouvi aquela mesma voz de novo, gritando.

— Saia daí agora, não lhe dei permissão para conversar ou mexer com ela. Se Zayn não trouxer o dinheiro, você poderá fazer o que quiser, mas eu vou matá-lo, sei bem que ele vai dar uma de herói para salvar sua namorada em perigo - ele gritou mesmo com a porta fechada, como se não quisesse que o visse.