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– Whoa, whoa, whoa... vai com calma, cara. – entro na casa do James e um garoto bebâdo esbarra em mim.

A música está alta e todo mundo da escola deve estar aqui. Procuro por Jack e Marco e aproveito também para passar os olhos por aí à procura de Ally, mas não os encontro eles em lugar algum.

– Noah! – um dos meninos do time bate no meu ombro e me entrega um copo com alguma bebida, experimento e franzo o nariz ao sentir o gosto forte na boca. – Parabéns, cara!

– Valeu – sorrio. – Viu o Jack e o Marco por aí?

– Lá fora, eu acho.

– Legal.

– Tem uma garota também procurando por você.

– Garota? Quem?

– Não conheço. Acho que não é da escola.

Desvio de umas pessoas e consigo chegar a porta que dá acesso ao lado de fora da casa. Onde estariam esses dois? Sabia que deveríamos ter vindo juntos.

O quintal estava vazio e o som da música não era tão alto quanto lá dentro.

Caminho pela borda da piscina e me afasto até uma balança com dois acentos, pelo estado deve ser da época que James e sua irmã eram crianças.

Sento em um dos balanços, olho para o lado e vejo o outro balanço vazio. Tudo está calmo aqui fora, é uma atmosfera totalmente diferente da de dentro da casa, é uma noite de céu limpo com poucas estrelas.

Apoio meu rosto entre as mãos e assim fico até ouvir barulho de passos. Me assusto e levanto a cabeça imediatamente e encontro uma garota se sentando no balanço ao meu lado.

– Ainda não tem amigos? – ela pergunta.

Sua pele é clara e seus cabelos castanhos batem no ombro, ela é muito bonita e parece estranhamente familiar.

– A gente... A gente se conhece?

– Talvez se eu fizer algumas caretas você se lembre. – ela solta uma risada divertida e joga a cabeça para trás quando faz isso, ela não parece ameaçadora mas isso é estranho.

– Da onde? – insisto para que ela me diga da onde eu a conheço.

– Olha, você ria bastante quando eu fazia isso para o Gregory. – a garota vira para mim, coloca a língua para fora e fica vesga.

– Puta merda! – me levanto num pulo do balanço. – Não, não, não... – levo as mãos à cabeça e prendo alguns fios do meu cabelo entre os dedos.

– Você cresceu. – ela ri.

– Não, não, não...

– Noah... - ela se levanta da balança e se move em minha direção e eu por instinto recuo. – sou eu... – ela se aproxima com cautela e segura meu rosto com as duas mãos movendo-o de leve de modo que agora seus olhos estão fixos aos meus. – Maia.

– Whoa, whoa, whoa, não, não, não, não...  – ajeito a postura me afastando dela e então caio em mim. – Jack e Marco, não tem graça! Saiam da onde estiverem escondidos! Isso foi muito idiota até mesmo para vocês.

– Com quem você está falando? – a garota tenta se aproximar de mim mas eu recuo novamente.

– Olha, na boa, se eles te pagaram pra fazer a piada comigo, diz que eu cai e que foi hilário a cara que eu fiz. Eu vou indo, tenho que achar uma garota.

– Noah, espera...

– Ei, a Maia não existe, okay? Essa foi uma piada estúpida dos meus amigos e foi apenas ideia deles, não é? Você não tem muito a ver, só fingiu, então está desculpada e tchau.

Saio caminhando a passos largos para dentro da casa, não acredito que meus melhores amigos fizeram algo assim no dia do meu aniversário. Vou esconder todos os mangás deles e deixá-los implorar para ter de volta.

– Eu nunca mais conto nada para vocês! – encontro Jack e Marco sentados no sofá da sala comendo os aperitivos que haviam em cima da mesa de centro de madeira localiza na frente do mesmo.

– Do que ele está falando? – Marco olha para o Jack com um olhar questionador.

– E eu que sei? – Jack da de ombros. – De qualquer modo hoje não é o seu dia de sorte.

– O que? Por que?

– Ally Marano acabou de ir embora. – Marco responde, joga um salgadinho para cima, ele se inclina a abre a boca e ele o salgadinho cai direto na sua boca.

– Droga!

– Onde você estava? – Jack questiona.

– Perdendo meu tempo com a brincadeira sem graça de vocês.

– Que brincadeira?

Imagination [short] + nc Onde histórias criam vida. Descubra agora