Doce Criatura

Capítulo 5

Eu sei o que você disse

Que você não gosta disso complicado

Que deveríamos tentar manter isso simples
Mas o amor nunca é simples, não
...
Algum dia, você vai ver as coisas que eu vejo

One Direction - Clouds

Emma White

Sobre eu querer matar Adam Evans e dar a sua carne para os urubus não é nenhuma novidade.

Principalmente agora que estou no meio da madrugada tentando achar um táxi, que provavelmente vou pagar uma fortuna para ir à numa boate que parece ser do outro lado da cidade, e aturar Adam totalmente bêbado nessa noite.

Definitivamente odeio minha vida.

Depois de longos e intermináveis minutos naquele carro, havia chegado na boate, já conseguia ouvir o barulho da música dali de fora.

Entrei no local um cheiro forte de álcool invadiu as minhas narinas, me causando náuseas. Algumas pessoas estavam já bêbadas a fazer alguma dança estranha ao som alto da música eletrônica, e principalmente causando que batessem em mim enquanto tentava achar o idiota.

Ainda eram 00:43. Esse era o horário que as pessoas já estavam loucamente bêbadas?

Definitivamente festas assim não é pra mim, só de pensar ficar horas em pé dançando, no meio de tantas pessoas, ficando bêbada para ter que aturar uma ressaca no dia anterior, me deixa com preguiça.

— Emma?

Ouvi uma voz. Quando me virei encontrei o Enzo com um estilo despojado de uma calça jeans e uma blusa de alguma banda que não fazia ideia qual era. Ao seu lado estava a Agatha que usava um vestido colado preto com seus cabelos loiros solto, fazendo ela ficar mais linda em sua pele branca.

— Pensei que você não viria. — Ele continuou.

— Realmente não viria, mas...

O som de vidros a se quebrarem no chão me fez desviar minha atenção para onde vinha esse barulho. Olhei em direção ao bar vendo Adam segurar um barman assustado pelo colarinho da sua blusa.

— Merda... Tenho que ir.

Corri no meio da multidão aglomerada para ver a situação. Os olhos do Barman estavam arregalados de medo, mas ao mesmo tempo confusos sem entender o motivo daquilo acontecer.

— ADAM!

Gritei no meio das pessoas que cochichava, provavelmente por ter entre eles o moreno bilionário, e estar numa briga qualquer em um bar.

— Em...? EMMA!

Revirei os olhos com sua voz atrapalhada pela bebida.

Dois seguranças que se aproximaram segurando Adam.

— Não me toquem!

Gritou Adam diversas vezes enquanto os seguranças o arrastavam para fora do estabelecimento.

Caminhei para a saída, atrás dos dois homens que o jogaram na rua, ocasionando dele fazer um escândalo para todo o bairro ouvir.

— Eu vou processar todos vocês! Vão ver só. Eu tenho uma advogada.... Olha ela aqui. Olá, Em. VAI FALA PARA ELES, COMO VAMOS ACABAR COM ELE.

Está bem, agora podem me matar eu imploro.

Seu braço passou ao redor dos meus ombros e senti o forte odor de álcool vindo da sua boca.