capítulo nove

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Bella poderia facilmente ficar de mãos dadas com Guerra pelo resto de sua vida.Do mesmo jeito que estavam na hora da entrada. Não era bem de mãos dadas,os dois estavam brincando de guerra de dedos,o qual Luís ganhava repetidamente.

- Você não vai ganhar dessa vez - a menina prometeu,tentando prender o polegar de Guerra,mas a sua mão era menor e mais delicada que a do garoto.

- Eu sou o Guerra aqui,não? - ele disse,com um sorrisinho brincando nos lábios,e então,conseguiu segurar o dedo da menina e contar até 10 facilmente.

Bella grunhiu e,contra a sua vontade,largou a mão de Guerra,frustrada.

- Desisto!

- O que eu ganho agora? - ele perguntou.

- A minha humilhação constante não foi o suficiente? - ela perguntou,levantando uma sobrancelha.

- Não - ele deu de ombros - Talvez eu queira alguma outra coisa.

Bella engoliu em seco,mas manteve a compostura.

- O que você quer Luís Guerra? - ela perguntou,achando ótimo como o seu nome saia de seus lábios.

- Qualquer coisa? - ele perguntou,chegando mais perto.

Bella queria dizer que sim.Qualquer coisa que ele pedisse ela faria.Nunca havia se sentido tão trouxa na vida.
Mas ao invés de dizer o que pensava, a menina riu.

- Depende - ela disse - Lembre-se de que estamos em uma escola,de dia,caso você esteja pensando em alguma coisa humilhante.

- Você consegue adivinhar o que estou pensando? - ele deu um sorriso de lado. Suas pupilas esmeraldas buscavam uma respostas no fundo das de Bella.

- Você não é uma pessoa fácil de ler.

O rapaz não tirava seus olhos verdes do rosto da garota. E em todos os lugares por onde eles corriam deixavam uma marca quente em Bella.

- Sai comigo,Montês - ele soltou,de repente.

Bella o observou. E arrumou os óculos em seu nariz.

- Como assim? - ela perguntou,se odiando logo em seguida pela pergunta idiota,mas Guerra riu.

- Eu quero te ver e conversar com você em um lugar que não seja essa escola deprimente. E por mais do que só o tempo livre antes de alguma aula começar.

Bella estava estática. Ela não sabia o que pensar,imagina como agir.

- Por que? - não conseguiu segurar a pergunta que saiu de seus lábios.

Guerra sorriu.

- Porque sim,Bella Montês.

A menina amava seu nome nos lábios dele. Bella observou os olhos confiantes e ao mesmo tempo esperançosos do menino e não pode entender o que estava acontecendo. Era como se algum sonho muito antigo seu estivesse voltando a aparecer em seus sonhos presentes.

- Tá bom - ela disse por fim.

O sorriso que Guerra abriu poderia ter iluminado todo o coração de Bella por uma eternidade.

O rapaz subiu a mão que estava entrelaçada a de Bella até os óculos dela e com o indicador,os empurrou para cima,arrumando no rosto da menina.

- Então não se impressione se eu aparecer na frente da sua casa num dia aleatório. E implorar pra você sair comigo - ele avisou.

- Não precisa implorar. Eu já aceitei.

Guerra se aproximou um pouco mais e segurou o queixo da menina entre os dedos levantando-o levemente. Bella sentiu o coração explodir em batimentos e quando Luís se aproximou ela achou que morreria.

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