capítulo catorze

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Bella tentava a todo custo calcular as probabilidades das pequenas situações conflitantes que vinham acontecendo na escola não tivessem nenhuma ligação com seus poemas,porém isso era uma coisa meio impossível.

Mas,afinal das contas,porque é que ela estava tentando livrar a si mesmo da culpa pelo que vinha acontecendo? Não era isso que planejara desde o começo? Caos. Desconforto. Um pouco mais da realidade arrasadora na qual realmente viviam. Sim era isso. Portanto,ela deveria apenas agradecer e parar com seus cálculos sem sentido.

Bella respirou fundo enquanto caminhava sozinha para casa. Bem,depois da grande confusão,todos os meninos que foram pegos pelos monitores,até mesmo aqueles que não tinham nada a ver com o ocorrido (Miguel) tiveram que se dirigir a diretoria.

Por isso que a loira seguia para a sua casa sozinha,acompanhada apenas pelos seus pensamento inquietos.

E coloque inquietos nisso.

Quando chegou ofegante em sua casa,decidiu que estava na hora de começar a praticar alguns exercícios físicos. Estava muito mal acostumada com as caronas de Miguel.

(Logo ela desistiu dessa ideia).

A menina subiu para o seu quarto e depois de tomar um banho,deitou em sua cama e olhou seu celular para verificar se teria alguma ligação ou mensagem de Miguel. Nada ainda. Nem conseguia imaginar a bronca que os meninos estariam tomando uma hora dessas.

Ficou agarrada ao celular esperando a ligação que,eventualmente,viria. Mas antes que realmente viesse,os cantos dos olhos de Bella começaram a ser tomados por uma escuridão convidativa e então,sem ralmente lutar contra,a menina caiu no sono.

(...)

- Bella! - sua mãe batia incessantemente na porta,elevando cada vez mais a voz - Você está morta,por acaso?

Bella abriu os olhos lentamente,tentando se recobrar de onde estava e que horas eram. Olhou de relance para a janela e percebeu que já estava escuro. Caraca,ela havia dormido o dia inteiro.

- Bella! - a mãe gritou mais uma vez.

- Estou viva - a viva murmurou - E para de gritar,a porta está aberta.

- Tem uma menina lá embaixo querendo falar com você - a mãe disse,ainda sem abrir a porta.

Bella tirou o cabelo da boca e colocou óculos.

- Mari?

- Não. Não sei quem é - a mãe disse - Eu não sabia que agora você faz amizades e não me conta.

Bella fez uma careta. Nem havia acordado direito e já não estava entendo o que estava acontecendo.

- Meus amigos continuam os mesmos,mãe,não se preocupa.

- Bem,então acho melhor você ir ver o que a menina quer logo.

Seguiu-se um silêncio o que provava que a sua mãe finalmente a havia deixado em paz. Bella suspirou fundo,batendo com as palmas das mãos no colchão quando de repente a realidade lhe atingiu.

- Que menina é essa?

Bella se levantou e saiu de sua quarto,passou pela sua mãe e quando saiu de casa sentiu o vento gelado cortar sua pele. Observou pelas grades do portão a menina de costas. Ela estava com o cabelo preso e parecia cruzar os braços em frente ao corpo para se livrar do frio.

- Oi - Bella disse,relutante. A menina se virou num salto e a loira então a reconheceu. Era a mesma menina que estava sendo alvo dos olhares e sorriso de Miguel mais cedo na escola. Bella logo compreendeu tudo.

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