Querido Amor Proibido (revisando)

32. Isto é o que Acontece Quando Alguém Tenta Matar Você

As batidas do meu coração aceleram, tudo a minha frente totalmente embaça. Minha respiração sai fora do meu controle e quando percebo, as paredes da sala começam a se aproximar do meu corpo, e o pior dessa situação é que: Meu corpo não me move, por fora eu estou somente olhando para o meu livro, lendo o mesmo, mas por dentro, um ataque de ansiedade me convém, pela quarta vez essa semana.

"Lana?" Bia me chama e eu olho para a mesma, no momento estamos no terceiro horário, eu sempre sento no fundão da sala com Bia e Francisco.

"Hm?" Respondo e Bia da um sorriso suave. Olho para ela confusa e a mesma rola os olhos.

"Você tá bem?" Francisco pergunta sem paciência e eu concordo. Mentir nunca foi algo que eu gosto de fazer, mas as vezes a mentira sai mais fácil do que a verdade e o medo das pessoas não aceitarem a verdade.

  Me viro e volto a prestar atenção no meu livro, ou até menos tentar prestar atenção... mas assim que meus olhos se focam em uma linha de meu livro, tudo volta, dessa vez, um sentimento de que estou caindo, meu coração volta a acelerar suas batidas e um sentimento de que estou afogando toma conta de mim.

  Sem ter controle do meu próprio corpo, meu braço se levanta e a professora me permite de falar. Meus lábios congelam abertos, olho ao redor da classe para ver que os outros alunos já estão olhando pra mim.

"Ela quer ir na enfermeira" Francisco diz e a professora olha para Francisco e volta sua atenção para mim. Eu concordo e me levanto assim que a professora me da a permissão de sair da classe.

  Meus passos chegam até a porta da sala e logo abro a porta, saindo da sala e fechando a porta detrás de mim. Ando um pouco para me distanciar da sala de aula e encosto meu corpo na parede fria, olho para o teto e fecho meus olhos, respirando fundo.

"Ei" Escuto uma voz dizer e abro os meus olhos para ver Francisco um pouco distante de mim, com suas mãos em seu bolso da frente de sua calça e me olhando.

"Oi" Respondo e volto a olhar para o teto. Logo sinto o calor de Francisco se aproximar, olho para o mesmo e o observo enquanto ele faz a mesma coisa que eu estou fazendo, costas na parede e olhar para o teto.

"Eu costumava fazer isso também..." Francisco comenta assim que volto a olhar para o teto. "Depois que perdi meu irmão... as coisas ficaram complicadas" Francisco diz e eu olho para o mesmo.

"Cisco... Eu... eu nunca fui de ter tanta coisa acontecendo assim comigo, eu já era uma criança com uma vida bem... estranha... mas isso nunca me afetou tanto," eu permito o meu corpo de se jogar no chão, um sentimento de que estava caindo de um prédio me tirou da realidade no meio da queda, mas assim que meu corpo atinge o chão, percebo que ainda estou na escola. Respiro fundo antes de abrir meus lábios, "pelo menos dessa vez eu sinto algo, da última vez que... eu tive... conta-"

  Antes que eu termine de falar a minha frase, uma tontura toma conta do meu corpo, algo praticamente boa de minha boca e Francisco se afasta de mim, um olhar de horror em seu rosto. Pânico toma conta de mim e eu começo a torcer, minhas duas mãos vão ao meu pescoço e percebo que estou jogando espuma para fora do meu corpo.

  Francisco entra na sala e logo não escuto nada. A vontade de torcer não para e mais espuma sai da minha boca, logo a professora sai da sala, juntamente com alguns alunos, a professora manda Francisco fazer algo mas não escuto o que ela diz, a única coisa que vejo é Francisco sair correndo e logo a minha visão embaça, nada pra ver, sem respirar, meus olhos se fecham e meu corpo cai para trás. Tudo a minha frente escurece e meus sensos sao completamente destruidos.