No outro dia, assim que acordamos, tomamos mais um banho juntos, ficamos nos abraçando e beijando e voltei pra casa. Novamente, no trajeto eu estava ouvindo Gravity Kills, música Guilty. Canção que fala de sensação de culpa após descobrir um sentimento por outra pessoa, que também é culpada pela sensação. Possui sintetizador muito bem estudado, combinando com uma guitarra pesada e o vocal de auto-penitência. Isto tudo foi apenas coincidência, por incrível que pareça.
No meio de Ouro Preto, parei a moto e coloquei o iPod para reproduzir apenas esta música. Foi um trajeto mágico demais. Estrada muito tranquila, região muito alta com fortes ventos, belas montanhas para todos os lados e esta música. Eu só pensava no Gustavo. Lembrava de tudo que fizemos e como foi tão intenso. Parecia que eu o conhecia há anos. Meu coração tinha breves taquicardias em alguns momentos de lembrança. Eu simplesmente achei o momento perfeito, o Gustavo perfeito. Hoje vejo que Gustavo realmente é um cara bem bonito, mas eu estava começando a ficar cego e achando ele perfeito demais pra mim.
Seja como for, fiquei extremamente feliz quando cheguei em casa. Eu havia experimentado, finalmente, com outro cara. Eu agora conhecia o corpo todinho de um homem e meu corpo foi explorado por um também. E foi um cara sensacional. Um cara ímpar. Mas algo começou a me incomodar: "Gustavo tinha suas experiências sexuais e nem tocamos no assunto de preservativos. Será que ele foi assim com todos? Mas ele é tão bonitinho, tão legal e tão certinho. Mas porra, as piores DST's não têm cara."
Fiquei neurado com isso. Eu podia ter contraído uma doença venérea de fácil tratamento até uma sem cura. Eu estava sendo tomado por duas sensações diferentes: felicidade e angústia. Mas pensei: "bom, se eu peguei algo, cabe a mim descobrir daqui há 30 dias. Se voltarmos a ficar, já fizemos sem mesmo, então continue assim (pensamento burro, hoje admito).
Passaram-se 2 dias e muita sms trocada e também conversas no MSN, novamente voltei para Ouro Preto para dormir com ele. No caminho, o nervosismo foi o mesmo do primeiro dia, porém a empolgação era ainda maior.
Cheguei lá anoitecendo e o esperei em uma praça muito bonitinha, com toda arquitetura barroca, perto da república dele. Em 5 minutos depois que mandei sms, ele chegou. Estava meio frio e ele vestia uma camisa fina de manga longa amarela, uma bermuda e chinelo. Eu estava de blusa de couro, camisa branca, calça jeans, tênis e uma corrente (cordão grosso) que sempre usava e ainda uso). Ele me pediu para deixar a moto em frente à república e o capacete lá dentro para darmos umas voltas. Começamos a andar, conversando sobre o quanto ele falava inglês fluente e o quanto queria investir ainda mais nesta língua:
- Chegaram a me chamar pra dar aulas em uma escola de línguas que abriu em minha cidade, mas como vim pra Ouro Preto estudar, não deu. – ele falou.
- E por quê você optou por engenharia ambiental já que gosta tanto de línguas?
- Porquê gosto muito de ecologia, geografia e principalmente a preservação do meio. Mas sei que não é um curso que me dará um futuro promissor.
- Se pra você promissor é ter grande reconhecimento financeiro, pode até estar certo, não sei, pois conheço quase nada de seu curso. Mas se você se sobressair, com certeza terá um futuro bacana pela frente. Agora, se promissor pra você é ter prazer em fazer o que gosta, você já venceu.
- Haha. Não é fácil assim. O campo é muito pequeno também. Mas estou gostando do curso. Vamos ver no que vai dar.
Chegamos em outra praça com uma imensa árvore no meio, com bancos circulares, sentamos e continuamos a conversar. Falamos das experiências sexuais dele, da não aceitação de sua família quando assumiu, dos ex namorados... Falamos do meu passado na adolescência, da minha profissão da qual ele se interessou muito nos casos que eu contava e por ali ficamos umas 2 horas. Me chamou para ir embora para a república. Chegando lá, ele fechou a porta do quarto e já foi logo me beijando com muita intensidade. Retruibuí e ficamos nos beijando. Mesmo eu de calça jeans, sentia seu pinto já bem ereto. Comecei a passar as mão em sua bunda durinha por cima da bermuda e ele fez o mesmo comigo, enquanto nos beijávamos. Trocávamos línguas com muita força. Estávamos muito excitados. Ele tirou minha jaqueta de couro e voltou a me beijar, passando as mãos em meu abdome e tórax me deixando doidinho, enquanto eu passava as mãos em tuas costas. Sentia sua barbinha rala espetando minha boca. Decidi acariciar o rosto dele enquanto nos beijávamos, sentindo sua barba e seu cabelo. Gustavo tirou minha camisa e eu tirei a dele. Nos grudamos e voltamos a nos beijar, com os corpos quentes "atritando" um no outro.
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A Minha Vida
No FicciónEsta obra trata-se de uma auto-biografia, principalmente sexual iniciando em minha pré-adolescência aos dias atuais. Não sou escritor. Apenas vi uma oportunidade de escrever sobre mim, tendo em vista o déficit de histórias de vida reais, mesmo em co...