Passei um batom vermelho em meus lábios, dei uma conferida nas horas e depois no cabelo, peguei minha bolsa e desci as escadas, estava farta de todo esse confinamento agora é hora de sair um pouco porque se ficar aqui dentro mais um segundo sequer pode ter certeza que vou enlouquecer, caminho mais alguns passos quando os seguranças me barram, tinha me esquecido desse pequeno detalhe.
— A senhorita não pode sair, Não temos a autorização do senhor Justin — antes que ele termine, ergo a mão em forma de silêncio.
— Não me importa se tenho autorização pra sair ou não, eu vou sair.
— Mas senhorita, o senhor Justin disse...
— Manda o senhor Justin ir pra puta que pariu! Vou sair dessa merda e pronto! Não vai ser você a me impedir.
Dito isso sem cerimônia ele sai da minha frente, caminho até o elevador sobe o olhar dos dois seguranças contratados por meu marido que no momento não está, entro no elevador esperando pacientemente enquanto toca a clássica musiquinha irritante. Marquei de sair com uma antiga amiga da faculdade, faz um bom tempo que não a vejo, e hoje a noite eu vou vê-la e me divertir como nunca, saio do prédio e pego um táxi eu poderia ir de carro mas não sei se estarei em condições de dirigir.
Ao chegar ao meu destino, a encontro rodeada de luzes e barulho e gente muita gente, nunca gostei muito de boates mas essa parece convidativa, me aproximo e a comprimento sem perca de tempo ela me puxa pra pista de dança e me solto mesmo não estando sobe álcool tudo é leve e divertido, ela me incentiva a tomar uns drinks mas nego, não quero ficar com enxaqueca amanhã, desagradável, seria a definição disso, nem vejo as horas passarem quando finalmente decido ir embora, pego um táxi e chego até meu prédio, passo pelos seguranças sérios como estátuas e subo as escadas estranhando o silêncio, Justin deve ter saído, entro em nosso quarto estranhando a escuridão presente fecho a porta e ponho a bolsa de lado, de repente a luz é acessa e me assusto ao ver justin sentado na cadeira com um copo de whisky nas mãos me encarando.— Você me assustou — digo tirando a mão do peito por causa do susto
— Se divertiu? — apenas o encaro sem dizer nada — Sabe eu também me diverti muito "indo pra puta que pariu" — engulo em seco, encarando seus olhos penetrantes
— Que bom que você também se divertiu Justin, espero que vá mais vezes pra puta que pariu, porque assim pelo menos eu posso sair daqui e viver um pouco — disse o empurrando para sair da minha frente pois o mesmo estava atrapalhando minha passagem, tiro os saltos quando ouço a porta sendo trancada
— O que está fazendo? — interrogo não entendo nada.
— Ah Rachel, você não tem limites, mas não se preocupe pois eu vou te ensinar os limtes e você nunca mais vai ultrapassa-los
— Não preciso que me ensine nada, eu saio quando eu quiser a hora que eu quiser! Já chega dessa merda de me proibir... — antes que eu termine ele avança sobre mim me empurrando contra a parede com força — Justin! Es-tá, es-tá me machucando! Justin! — ele me solta e caio no chão, antes que eu recupere o fôlego sou erguida de novo e posta de bruços na cama, o vejo tirar o cinto, mas antes que ele faça algo me levanto, e corro, tarde demais ele me pega de novo esperneio e bato nele com todas as forças xingando com todos os palavrões que conheço, mais uma vez sou jogada na cama, e posta de bruços uma mão levanta meu vestido enquanto outra ergue o cinto
— Ainda vai desobedecer? — a pergunta me enche de ódio
— Pode ter certeza, seu idiota filho da p... — antes que eu continue a frase, um grito nasce da minha garganta, o contato com o cinto é terrívelmente doloroso
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Amor Que Machuca
RomanceMeus sinceros agradecimentos ao RS_Matheus ilustrador de minha capa. Rachel White, não abaixa a cabeça para tapas, nem cala a boca quando é mandada, muito menos tem medo de enfrentar as consequências, Justin, é o nome de seu pesadelo, comumente conh...