Capítulo 15

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Com impulso vou me afastando para atrás até minhas  costas baterem na parede, estou sentanda, o olhando apreensiva, assim como um bebê que engatinha Justin se ponhe de quatro se chegando até mim,  chega tão perto que posso sentir seu hálito.
Não querendo encara-lo viro o rosto, com as mãos ele me obriga a olha-lo, se fosse comparar sua maneira de me fitar, eu diria que é semelhantemente a um animal que tem medo e curiosidade ao mesmo tempo, seus lábios se mexem, ele está dizendo algo, mas é impossível ouvir

— Filha...— ouviu-se uma voz rouca preenchendo o ar, a poucos centímetros, preso quase por completo debaixo de uma cômoda, estava o corpo do velho padre Bio

— Pra onde você acha que ele vai? — a pergunta vinha da entidade a minha frente, não respondo — tenho um lugar especial preparado para ele — uma pausa, uma risada— parece que nem o terço, nem Maria vai salva-lo, não é padre?

Sem resposta, com coragem tento afasta-lo de perto de mim, mas ele se aproxima atacando meu pescoço, mordendo suavemente

— Sabe que ele te ama...— rorona como um gato, mais uma vez tento afasta-lo do meu corpo — FICA QUIETA CASSETE! — grita ficando agressivo, com impulso sou erguida com uma força descomunal, antes que seja lançada como um objet,  Justin se contorce e cai no chão novamente, Dylan desce os degraus com uma espécie de zarabatana/arma nas mãos

— O que você fez? — indago

— Acertei um dardo tranquilizante  nele.

— E onde encontrou isso?

— Eu trouxe casso precisasse... agora vamos amarra-lo de novo.

— Espera! O padre — disse me lembrando,  indo até a cômoda e arrastando o móvel de seu corpo retorcido

— Ele vai ficar bem, só está inconsciente

— Justin disse... que ele estava morto

— Ele disse isso? — assenti

— Ele não está morto, nem vai morrer, é  um perfeito mentiroso não acredite, deixe padre Bio ai, me ajude a prender Justin antes que o efeito do tranquilizante passe.— apenas concordei, ainda tentando digerir tudo que ocorreu  a pouco, era evidente que tudo não estava saindo como  planejado.
Dessa vez,  nos certificados se as cordas estavam bem firmes, não queríamos que o episódio fatídico ocorresse novamente, em poucos minutos ele recobra a consciência parece não se lembra, acabo soltando um pequeno sorriso

— Criança esperta — diz ele ao me pegar de supetão mostrando os dentes alegremente, recebo um cutucao de Dylan, porém ingnoro,  não deixando o sorrisinho morrer, sinto ser puxada para fora do quarto

— Você está bem? — pergunta Dylan checando minha pulsação

— Perfeitamente — falo com segurança — porquê não chamamos o padre?

— Ele está incapaz no momento infelizmente teremos que ser você e eu...

Assinto novamente sorrindo

— Porquê não para de sorrir? — pergunta, visivelmente transtornado me fazendo repetir o ato

— Meu sorriso irrita você?

— Irrita...

— E o que mais lhe irrita?

Sem resposta

— Me diga você Rachel, o que é que lhe irrita? — repete ele, sem me dar tempo de responder ele me vira bruscamente ficando de costas com as mãos para trás, prendendo as mesmas com uma corda, fazendo um nó  em forma de algema — Já chega dessa pegadinha tola
— murruma me guiando até o quarto onde Justin está, mal sabia eu que a pegadinha só estava começando.

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