Capítulo 14

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Acordo suada com o eco da voz da cigana maluca em minha cabeça

"não volte...não sabe o que te espera..."

Olho para o lado e Justin dorme profundamente, respiro fundo pondo as mãos no cabelo na tentativa de acalma-los essa cigana a qual encontrei na noite que sai "para me divertir" e desastrosamente encontra um novo amor, não sai da minha cabeça, é como se fosse um tormento diário as palavras confusas dela, como vou saber o que me espera? É claro que eu não sei!, então porque continuo com isso na cabeça?
Olho novamente para justin, que mexe os lábios como se sussurasse algo parece está tendo um pesadelo ou algo do tipo, toco em seu ombro o acordando, ele desperta sobressaltado me encarando ainda mexendo os lábios

— O que está dizendo?  —  ele simplesmente se vira não respondendo,  e com rapidez ele se levanta  —  onde Você vai? — sou ignorada — Justin onde você vai?  —me levanto o seguindo

  — Escrever... escrever escrever... preciso escrever, escrever, escrever —  sussurra abrindo o guarda-roupa procurado algo, ele para quando encontra um lápis, vai até o interruptor e ascende a luz, passa por mim indo até a parede branca e começa a desenhar habilidosamente

— Porquê está fazendo isso? — questiono

  — Shhh! —  pede desenhando um círculo em seguida triângulos, símbolos, que não tenho idéia do significado

— Vamos voltar a dormir Justin é de madrugada  —  ele para de desenhar com as mãos pairando sobre a parede

—  É de madrugada que eu trabalho —
revela, continuando a desenhar — estou com fome...  — diz de repente parando a voz alterada

— O que quer comer?

—  Você, sangue, me compre bebidas, e sigaros... escrever, escrever, escrever

— Não vou te comprar isso — ele para de desenhar de novo se virando pra mim

  — Shdfth erfgbn bdfg irg agteqw — pronúncia em uma língua que não conheço

— O que você disse?

Ele Não responde apenas volta a desenhar, aviso que vou me deitar, ele continua concentrado, só podem ser os remédios não se esqueçam que ele saiu de um hospício pode ser esse o fator que ocasionou a mudança de humor.

No outro dia ele estava irredutível

— Vamos Justin... —  incentivei o empurrado até o banheiro

— Não!

— Você tem que tomar banho

— Não vou tomar banho, estou com fome —  falou, desisti de empura-lo para o banheiro e fui até a cozinha

  — Eu pedi pizza pra gente

  — Não quero essa merda, nós não queremos essa merda, quero cigaros... vaida compra pra mim

— Não vou fazer isso  —  seus olhos esclareceram com as mãos ele me empurrava contra o corrimão da escada

  — COMPRA PRA MIM!!!! Estou com fome... fome.. fome... fo-me.. fome — murmura logo após gritar comigo.
Resolvo atender ao seu pedido estranhando o fato de pedir cigarros Justin nunca fumou isso é bem esquisito com dificuldade consigo os cigarros e as benditas bebidas, chego em casa o encontrando desenhando

  — O que são esses círculos na parede?

  — Me dê aqui, você demorou— disse ele ignorando minha pergunta em seguida indo até o sofá sentando-se abrindo a garrafa de vodca e bebendo pegando um cigarro e ascendendo e fumando inalando profundamente a fumaça como se almejasse a muito tempo aquilo, estranhamente ele começa  a balançar o corpo indo e voltando fazendo a coluna se inclina ao mesmo tempo que traga o cigarro

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