cap 17

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Treinei por muito tempo, mais especificamente, até a hora que eu senti fome. Parti para a lanchonete da Maria e comi dois pasteis com caldo de cana. Quando vi, já era 20:30. Estava cansada e muito triste. Precisava voltar para minha casa. Estar morando com o KL estava me fazendo mal. Não por ele fazer algo ruim pra mim mas sim por sentir muita falta do meu pai e da minha rotina. 

Cheguei em casa e fui me arrumar para ir para o baile. Vesti um short jeans, um cropped preto e um tênis. Coloquei meus ouros, passei meu 212, meus hidratantes, fiz uma make babado, coloquei minha glock na cintura e desci. 

 O KL estava me esperando na sala, não entendi ainda o porquê...

-Ué, ta me esperando por quê?

-Porque o baile hoje não é na quadra, é na rua e você não vai sozinha 

- Tá

Fomos até a garagem e ele escolheu a kawasaki branca. Subi na garupa, segure firme na cintura e fomos em direção a boca para encontrar o restante do pessoal. No caminho, ele estava na frente, o VH e o PL atrás com a Evellyn e a Manu na garupa, e ia por ai, na ordem de confiança e de cargo do chefão. Chegamos já roubando a cena e fazendo mô zuada. As pessoas iam abrindo para a gente passar no meio da rua. Chegamos em um exato ponto que seria aonde eles ficariam e então eu me juntei com as meninas.

-KL, quero beber alguma coisa.

-Pera ai na moral, acabou de chegar e já tá assim.

-Não sou obrigada a nada né, meu bem.

O KL foi buscar alguma bebida pra mim e para as meninas e eu já fui esquentando. As meninas não fumava, então, só eu mesmo. Cheguei do lado do PL e do VH, que estavam puxando uma carreira cada.

-Fala aí boys, quero uma.

-Sai daí Sophi, mais tarde não vai tá nem se aguentando em pé. –Falou o VH

-Fala isso não viado, essa daí é braba. –Falou o PL

Peguei a nota de cem que era onde eles estavam dando os puxos e puxei duas carreirinhas de vez. Na hora o KL chegou e começou com as neurose dele.

-Que porra é essa Sophia?

-Eu, tô usando droga uai.

-Agora, não acha que ainda ta cedo demais não?

-Não KL, não acho nada não. Você não manda em mim entendeu? - Falei gritando

Ele levantou a cabeça com lágrimas nos olhos e concordou com a cabeça. Nessa hora eu percebi o quão grossa eu fui com ele e me senti muito mal. Não queria estragar a noite dele e então fui atrás dele que já estava andando no meio do baile que nem um louco.

-KL- Chamei ele mas o mesmo nem olhou para trás.

-Kl- Chamei novamente ele não respondeu

-KL CARALHO- Gritei e nada dele parar de andar.

Então saquei minha arma r dei um tiro para o alto. Todos ao meu redor se assustaram e abriram um circulo, e foi ai que o KL virou. Quando ele levantou a cabeça, tinha lágrimas no rosto dele e eu sabia que não era só pelo fato de eu ter sido ignorante com ele.

-O que foi seus otários vão caçar o que fazer. -Falei grosso com a pessoas que estavam formando aquele circulo. Puxei o KL pelo braço Até um beco.

- O que tá acontecendo contigo? Desculpa pelo jeito que falei contigo tá, foi mal mesmo.

-Tranquilo Sophi, sei que você é meio impulsiva.- Ele estava encostado na parede.

-Mas solta o papo ai, sei que não é só isso que te deixou assim.

-É que eu to gostando de uma pessoa mas essa pessoa nem percebe. Ela é foda sabe? É tudo que eu sempre quis pra minha vida. Uma mina firmeza e o melhor de tudo, é envolvida até a cabeça com o tráfico. – Eu comecei a assimilar de quem ele estava falando naquela hora. 

Vendida ao Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora