Capítulo 20

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Pov Breno

Entramos no quarto e me sentei na cama do lado da Paula, eu estava nervoso, como nunca me senti na presença de uma mulher, apenas a hipótese de perder a Paula, já fazia meu estomago embrulhar, e olha que eu nem podia dizer que ela era minha, já que formalmente não tínhamos compromisso nenhum, mas eu não imagino mais outra mulher nos meus braços a não ser ela, e isso ficava cada vez mais claro pra mim.

- Paula, você precisa acreditar que eu não combinei nada com aquela menina, ela simplesmente apareceu lá e eu achei melhor ouvir o que ela tinha pra me dizer pra ver se assim ela saia do meu pé – fui despejando sobre ela, na esperança de que ela acreditasse em mim.

- Eu acredito em você Breno, mas se coloca no meu lugar, eu odeio Drs, e acho que a gente nem pode ter uma, já que não temos um relacionamento propriamente dito, mas eu não me senti confortável em ver você abraçando sua ex num lugar escondido – Paula falou com a voz embargada e meu coração apertou, eu não acredito que estava fazendo a mulher mais incrível que eu já conheci passar por isso, sou muito burro mesmo.

- Mas eu não estava escondido Paula, e aquele abraço foi só pra encerrar o assunto, ela começou a chorar e eu não me senti bem, no fim das contas ela é nova, e eu não gosto de saber que as pessoas sofrem por mim, eu me sinto mal, eu quero você apenas, só você.

- Ai Breno, eu sei que a gente não tem nada de compromisso, mas.. – interrompi ela imediatamente, a gente pode não ter mudado as redes sociais, mas eu jamais desrespeitaria alguém que eu trouxe pra cá, e que eu estou junto.

- A gente pode não estar namorando, Paula, mas sim eu me sinto comprometido com você, você é minha prioridade aqui e tem sido desde que nos conhecemos, por favor me diz que está tudo bem.

- Pra mim estava, eu contei os dias e as horas pra estar com você, eu imaginei e idealizei por tanto tempo esse fim de semana, e estava tudo tão maravilhoso, mas agora eu não estou bem – ela foi falando e eu fui ficando ainda mais nervoso, será que ela ia terminar o que nem começamos direito?

- Não está tudo bem? Porque não está tudo bem? Paula, por favor, o que não está bem, se você acredita em mim? – fui falando e puxando ela pra mim, eu precisava sentir ela nos meus braços e tentar mostrar que estava sendo o mais sincero que conseguia.

- Eu não sei Brenu, está tudo bem? Tudo foi resolvido? – ela falou olhando bem dentro dos meus olhos e assim eu puder ver que aqueles lindos olhos negros que eu tanto amava o brilho, estavam marejados e tudo por minha causa, o que só me fez apertar ainda mais ela, na esperança de que assim ela pudesse entender tudo o que eu ainda não conseguia expressar.

- Está, ou pelo menos vai ficar tudo bem!, Eu não fiz nada além daquele abraço que você viu, eu não beijei, não fiquei, e nem quis fazer nada disso com ela, na verdade depois de você eu não quis estar com mais ninguém a não ser você.

Paula se soltou dos meus braços, e se levantou, com um sorriso triste nos lábios e eu tive a impressão de que ela limpava uma lágrima.

- Mas se coloca no meu lugar, e se fosse eu ali dentro com alguém que eu já fiquei? O que você sentiria? – Só de imaginar aquilo o meu sangue ferveu, eu não consigo e nem queria imaginar essa cena.

- Porra Paula, não sei tá, eu não sei o que eu faria, mas se você pensa assim manda ele vir falar comigo.

E assim, mais uma vez o meu temperamento me fez falar o que não devia e o que definitivamente não precisava, mas infelizmente era mais forte do que eu, não conseguia controlar o incomodo só em pensar a Paula com outra pessoa, eu sempre fui um pouco ciumento, mas com essa mulher eu era simplesmente possessivo.

- Ah! Mas eu não acho que tenha que falar com ela, tenho que falar com você, mudou alguma coisa depois dessa conversa?

- Claro que não Paula, não mudou nada – Mais uma vez eu estava segurando a sua mão.

- Você tá aqui comigo? Porque eu não tenho mais 15 anos Breno, eu consigo lidar com as decepções, e se você não quiser ficar só comigo, é só me dizer que eu vou entender, embora tenha que te dizer que pra mim assim não dá. – Paula falou e finalmente me abraçou também, o que já me gerou uma pontinha de esperança.

- Confia em mim! Eu quero só você, eu quero ficar só com você.

- Eu confio, mesmo porque você nunca fez nada que me mostrasse que eu não devo confiar, eu só não quero ser enganada Breno, eu já sofri muito com um relacionamento todo de mentiras, não vou passar por isso novamente.

- Confia, eu juro, serião!

Encostei nossos rostos, e olhei mais uma vez bem fundo naqueles olhos negros que me mostravam o mundo, fui me aproximando e para minha alegria a Paula não fugiu, nossas respirações ficaram ainda mais aceleradas e eu a beijei. Um beijo intenso, um beijo que tentava demonstrar tudo o que eu sentia por ela, que eu ainda não conseguia dizer, já que essa sempre foi a minha maior dificuldade expressar sentimentos, por isso eu esperava que aquele beijo pudesse fazer ela ter certeza do quanto era especial pra mim.

Nos beijamos de uma forma totalmente nova parecia que ambos queriam ter certeza que ficaria tudo bem entre nós, nossas línguas dançavam uma melodia própria e nós nos abraçávamos como se quiséssemos nos fundir.

- O meu coração sabia que era você! – falei assim que interrompemos o beijo para respirar.

- Eu só não quero e nem posso me machucar mais tá. Eu realmente estou gostando muito de você Brenu, e pra mim só importa nós dois.

E aquelas palavras me fizeram mais uma vez entender oquanto a Paula é forte, mas também o quanto é frágil em alguns aspectos, e oquanto eu quero proteger e cuidar dela.     



Notas...

Voltei! Viu, nem doeu... kkkkkk... Estou terminando o 21 se tudo der certo posto amanha... Beijos!

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