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Mark /On

- Licença Dongie, meu celular está tocando

O garoto se afastou um pouco constrangido e eu atendi a chamada.

- Oi Johnny - falei

- Onde você e o Lucas estão? - seu tom de voz estava um pouco estranho

- Na casa do Haechan, porque? - olhei aflito para o mais novo

- Na casa de… deixa depois você me explica, mas eu preciso de vocês agora - ele disse

- Diga do que precisa - falei

- Eu preciso de um lugar para dormir…

- Como assim? - arregalei os olhos

- Você pode vir me encontrar? Eu falo tudo o que precisa saber

- Vai direto pra minha casa, Johnny! - eu passei rápido pelo Haechan e bati na porta do seu quarto - Lucas temos que ir

Eu desliguei a chamada

- O que aconteceu? - Haechan perguntou atrás de mim

- O que tá pegando cara? - Lucas perguntou assim que saiu do quarto

- O Johnny foi expulso de casa novamente - eu disse

Os outros garotos ficaram surpresos

- Merda, vamo logo - Agora o Lucas que me puxou pelo braço

- Mais tarde eu…

- Tudo bem, Mark - Haechan disse antes de nós sairmos

- O que aconteceu? - perguntei assim que vi o garoto sentado na frente da minha casa

- Ontem eu cheguei bêbado em casa e vomitei tudo, até aí tudo bem - ele disse cabisbaixo - Meu pai não liga que eu beba, ele não liga pra mim…

- Não fala assim - Lucas tentou intervir

- Até que o Chittaphon apareceu na frente de casa, fazendo escândalo, pedindo perdão e dizendo que me amava…

- Ah não - suspirei

- Eu estava dormindo, não ouvi, mas meus pais ouviram, pelo que minha mãe disse, meu pai bateu nele…

- Como? - arregalei os olhos

- É, ele esperou eu acordar para poder me xingar de todas as formas que vocês podem imaginar, não me arrebentou por que minha mãe entrou na frente,  mas ela não conseguiu impedir ele de me colocar para fora - ele mordeu seu lábio inferior, tentando reprimir o choro

- Nós sentimos muito Johnny - Lucas falou - A gente vai te ajudar…

    Os pais do Johnny eram evangélicos, super rígidos e seu pai em particular bastante preconceituoso. Para ele, o Johnny poderia beber, agarrar todas as garotinhas da escola, por que isso sim é coisa de homem, ele jamais imaginaria que o Johnny também ficava com meninos.

     Nós entramos e eu pedi que os garotos subissem, enquanto eu deixava minha mãe ciente da situação. Ainda bem que ela aceitou de boa que o Johnny ficasse com a gente até as coisas se acalmarem, mas se isto demorar a acontecer, ela vai colocar os pais do garoto na justiça.

- Então? - ele perguntou aflito assim que eu entrei

- Pode ficar aqui com a gente - falei e ele respirou aliviado

- Sua mãe é uma ótima pessoa - ele falou feliz

- É, eu sei - sorri - Mas Johnny, ele não te bateu né?

- Não, porque minha mãe interviu, entrou no meio, então ele declarou a sentença - disse cabisbaixo

- E os pais do Chittaphon? - Lucas perguntou - Você acha que vão fazer algo contra seu pai?

- Espero que façam, sinceramente - ele disse

- Vamos parar de falar disso, ok? Minha mãe já vai sair para o plantão e eu tenho que fazer o jantar

- Cadê sua irmã? - Lucas perguntou

- Acho que no quarto dela, não sei - dei de ombros e saí do quarto

Haechan /On

- Oque vocês acham que deve ter acontecido para ele ser expulso? - Jaemin perguntou

- Olha eu não sei, o Johnny não parece ser o tipo de menino que faz coisa errada - eu falei, enquanto pegava um dos biscoitos

- Que tipo de coisa errada? - Renjun perguntou interessado

- Ah vocês sabem, drogas, armas… - dei de ombros

- Mas o problema Dongie, é que as vezes o que não parece errado para a gente, é errado para nossos pais - Jeno se pronunciou

- Verdade - suspirei

- Só espero que tudo fique bem - Renjun disse

- Pela forma como o Mark falou isso acontece frequentemente - Jeno disse - Então logo tudo fica bem

- Assim espero - falei

     Era 20h, os meninos haviam ido embora, minha mãe estava na casa da vovó e meu pai tinha acabado de chegar de algum lugar.

- Filho - ele deu batidinhas na porta

- Pode entrar pai - eu falei enquanto organizava algumas coisas da escola

- A mãe do Renjun é psicóloga? - ele perguntou

Eu o encarei curioso

- É sim pai, porque?

- Você se sentiria melhor com terapia? - ele sentou-se ao meu lado na cama

- Olha, eu sei o que a mamãe pensa…

- Donghyuck, quero saber do que você precisa, não do que sua mãe pensa - suas palavras foram duras o suficiente para me deixar tenso - Eu só quero que saiba que eu me preocupo com essa comoção de sentimentos dentro de você e que eu e sua mãe não somos capacitados para te ajudar, então pense até amanhã à noite quando retornar da escola e me diga.

- Mas e a mamãe? - perguntei

- Segredinho nosso - ele sorriu de lado e fechou a porta


Sem revisão, qualquer erro ortográfico por favor me avisem

Vocês achavam que eu ia deixar o clima na fanfic esfriar? Kkkkkkkkk não mesmo

let me down slowly  »markhyuck« HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora