Convidado

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Assim que os dois chegaram no chalé de Robin, ele sentou Bell em uma cadeira, para se recuperar do coração quebrado em pedaços pela facada de palavras que recebera do pai.
Bell ainda deprimida, não queria falar mais uma palavra. Estava pensando em como sempre foi desprezada e humilhada pelo pai. Ela ainda tinha esperanças de que o pai ainda sentisse amor à ela, mesmo o quão duro ele fosse, porém agora não tinha mais nenhuma.
     " - Eu acho que ele ficaria mais feliz se eu fosse rainha.
- Não fale isso, minha princesa! Você é uma sementinha, que vai crescer e virar uma bela flor. Seu perfume atrairá as melhores abelhas, que farão o melhor mel do seu nectar". Bell se lembrou desse dia e pois se a chorar de novo. Ela pensava "Por que você não está aqui, mãe? Por que você me deixou com o infeliz do meu pai? Por que?"
Makinspiering - O que aconteceu? - disse ele com o coração na mão. Por mais irônico e humorista que era, ele ficava muito triste ao ver alguém realmente triste.
Robin - Ela não quer falar sobre isso.
Makinspiering - Quer chá, rainha?
Ela balançou a cabeça dizendo não. Robin não queria vê-la triste e chorando, então deu-lhe um beijo em seu rosto, que surpreendeu Bell.
Robin - Vai ficar tudo bem.
Bell abriu um sorriso longo, ficando um pouco corada. Ela limpou as lágrimas e voltou a falar.
Bell - Bem, ainda temos uma questão pra resolver, certo?
Robin e Makinspiering concordaram.
Bell - A gente precisa de um plano pra pegar o contrato.
Robin - Que contrato?
Makinspiering - Um que abole leis.
Robin - Atá.
Bell - O problema é que ele fica em um andar trancado e vigiado.
Robin - Isso é moleza pro Makinspiering! Ele se teletransporta pra qualquer lugar!
Makinspiering - Mais eu não sei teletransportar coisas, se não eu já teria esse contrato aqui na minha mão.
Robin - Verdade. E se o Makinspiering conseguisse a chave de lá?
Bell - Fica no quarto dele.
Makinspiering - Ah não! Eu me recuso a entrar no quarto desse tolo! Sem ofensas Bell.
Bell - Não, tudo bem. Ele merece mesmo ser chamado de tolo.
Robin - Ah qual é, Makinspiering! Por todos, estaremos livres se pergar esse contrato!
Makinspiering - Não. Se quiser vá você.
Bell - Já sei! O baile! Todos estarão entretidos e vamos poder pegar a chave!
Robin - É isso! Mas como vou entrar no castelo com todos lá?
Bell - Simples, você está convidado pra ir ao baile.
Makinspiering - Sabe que seu pai nunca vai deixar, né?
Bell - Meu pai não manda em mim, não mais.
Robin - É arriscado, mas vale apena. Se eu não me engano, o baile é amanhã.
Bell - Só temos essa tentativa. Porque é justo no baile é que vou ter que escolher um herdeiro ao trono. E aí será tarde demais porque ele não vai me deixar alterar nenhuma lei. Conheço muito bem os "herdeiros" que meu pai quer.
Makinspiering - Se eles são como seu pai, o reino tá falido! - disse ele antes de engolir um rato que tirou da cartola.
Bell - Exatamente! Precisamos pegar aquele documento! Eu me lembro de quando meu pai se apoderou do poder. Foi horrível!
Robin - Bem, já que o baile é amanhã, você tem que arrumar os preparativos.
Robin e Bell baixaram o olhar.
Bell - Eu não quero voltar pra lá.
Robin - Eu também não queria te deixar com ele. Mas é preciso.
Bell foi para o castelo, triste, e mal se importou com os preparativos. Sua mente estava em outro lugar agora. Estava no abraço consolador de Robin, no sorriso autêntico dele, nas suas palavras sábias de um poeta e nos seus lábios avermelhados que Bell queria tanto beijá-los.
A cabeça de Robin também estava nas poesias dedicadas à Bell. Queria tanto casar-se com ela, mas para isso teria que antes pegar o tal contrato. Ele estava bem ansioso, pois nunca na vida havia sido convidado ao menos para uma festa, muito menos para um baile!

Deu a louca na poesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora