Um conhecimento maluco

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No quarto de Bell, finalmente, ela pensava que nunca teria privacidade para ficarem a sós.
Robin também estava pensando em como o pai de Bell era grosseiro e mal educado.
Bell - Me desculpe, meu pai é assim mesmo. Tenho vergonha dele.
Robin - Talvez ele seja assim por causa de algum acontecimento no passado. Tente conversar com ele e convencê-lo de que o mar não é só água salgada.
Bell - Você tem um jeito de falar divertido... "O mar não é apenas água salgada".
Robin - É coisa de poeta.
Robin então pegou sua fita métrica para medir Bell.
Bell - Sabe, estava mesmo precisando de um costureiro. Haverá um baile e eu queria vestidos novos. Mas, nem estou animada, porque essa merda de baile só serve pra eu me casar... E ainda contra minha vontade!
Robin - Quer dizer que você tem que se casar forçado?
Bell - Infelismente sim.
Neste momento, Robin estava anotando uma certa medida; a do peito para as costas. Robin erguia a fita devagarinho, e deu um pequeno empurrão de propósito.
Robin - D-desculpe - disse ele persebendo que acabara de assediar a própria rainha - eu não queria...
Bell - Não precisa se desculpar. - olhando para Robin com um sorrindo malicioso.
Robin ficou sem jeito se virou rápido anotando a medida.
Bell também ficou um pouco sem jeito.
Robin - Bem majestade, eu vou costurar uns vestidos hoje e te trago amanhã.
Bell - Certo.
Vanderson olhava Robin dando passo a passo saindo do castelo. Ele olhava com raiva pois sabia que Bell podia estar se interessando nele, em um simples e pebleu costureiro.
Vanderson - Minha filha, por que deixar um pebleu fazer seus vestidos?
Bell - Ele pode ser pebleu, mas tem muito bom gosto. E ele costura com paixão.
Vanderson - Com paixão em você - disse ele baixinho.
Bell se lembrou do que Robin dissera, e tentou criar algum tipo de convesa:
Bell - Então, pai, eu queria te perguntar uma coisa.
Vanderson - Então diga.
Bell - Você teve algum tipo de sofrimento no passado?
Vanderson - Por que quer saber?
Bell - Não me responda uma pergunta com outra pergunta!
Vanderson - Não, mas qual o motivo de me perguntar?
Bell - Nada! Esquece! - disse ela indo em direção a seu quarto.
Bell estava impressionada o quanto Robin tinha um conhecimento bonito. Talvez por isso ele seria maluco, porque ele teria uma outra visão mais colorida e poética do mundo.
Robin, chegando em seu chalé, preparou uma xícara de chá com biscoitos e ficou comendo enquanto cortava a medida dos tecidos.
Makinspiering - É melhor você não cortar o tecido enquando toma chá.
Robin - Por que não?
Makinspiering - Do jeito que você é desastrado, vai acabar cortando errado!
Robin - Não viaja Makinspiering! Eu sou profissional, palavras da rainha!
Robin estava mergulhando os biscoistos no chá, só que com a distração pegou o papel das medidas - que era apenas um pouco maior que o biscoito - justo com um dos biscoitos e mergulhou no chá. E ele ainda nem havia cortado todas as medidas.
Robin - Que merda!
Makinspiering - Viu! Eu ainda falei! Mas você nunca me escuta! E agora? Como você vai dizer pra RAINHA que você perdeu o papel das medidas?
Robin olhou para Makinspiering com uma cara aborrecida dizendo:
Robin - Dizendo!
Os dois ficaram tentando resorver aquela situação por um tempo mas depois desistiram e prefiriram apenas esperar que o tempo passe. Como sempre, Robin distraido em suas poesias e Makinspiering tirando ratos da cartola e comendo. Enquanto no castelo, a rainha Bell não havia nada para fazer então foi para um lago mais próximo numa floresta perto do castelo. E falando sozinha e cantando algumas canções.
O dia amanheceu e Bell estava ansiosa para ver Robin, mas Robin estava com medo pois que costureiro seria tão estúpido de mergulhar o papel das medidas no chá? Tem algumas vantagens de ser maluco, mas essa com certeza é uma das desvantagens.
Bell estava cantando em seu quarto e Robin ouviu um pouco e entrou.
Bell - Robin! Ninguém te ensinou a bater na porta antes de entrar?
Robin - Desculpe, mas não posso.
Bell - E por que não?
Robin - Porque eu sou maluco, e os malucos não batem, eles reagem. Numa porta se pode bater, mas é só abrir e ver. - disse ele sem nem percebeu que acabara de fazer uma poesia.
Bell - E se dentro tiver uma rainha que pode lhe enforcar? - disse ela com sarcasmo.
O sorriso de Robin sumiu sem saber se ela estava falando sério. Resolveu falar o que vier a cabeça:
Robin - Então suponho que eu esteja na porta errada.
Bell - Estou brincando! Não fique assim, não te enforcaria por nada nesse mundo!
Robin percebeu o que ela quis dizer. Não acreditou, então ficou calado.
Bell - Então, Robin. Que bom te ver. E como estão os vestidos? - disse ela tentando disfarçar que seu coração saía pela boca.
Robin - Ah sim, eu tenho uma má notícia.
Bell - Sim?
Robin - Eu meio que... Mergulhei as medidas acidentalmente no chá.
Bell se conteve para não rir.
Robin - Desculpe se eu te desapontei, eu...
Bell - Acontece - disse ela o interrompendo, levantando um pouco mais o astral dele.
Robin - Bem rainha, vou ter que te medir de novo.
Desta vez Robin não cometeu o mesmo erro e apenas mediu como um costureiro normal, - embora ele não seja tão normal assim - não fez nenhuma "gracinha" desta vez.
Robin - Sua voz é muito linda.
Bell - Ah obriga... Estava me olhando atrás da porta?
Robin - N-não. Mas quem disse que não dava pra te ouvir?
Bell se calou. Depois de ter teminado de anotar as medidas disse:
Robin - Bem, eu planejei alguns estilos de vestidos e queria que você me aprovasse alguns.
Bell - Por mim aprovaria todos.
Robin - Mas eu queria que você escolhesse um deles para você usar no baile.
Bell - Então eu escolho esse - disse apontando para um vestido branco com rosas brancas e uns detalhes em azul claro.
Robin - Ótima escolha majestade!
Bell - Irei buscar em sua casa, hoje às 4h.
Robin - Na minha casa?
Bell - Sim. Eu quero conversar sobre uma decisão que tomei... Em particular.
Robin - Claro.

Deu a louca na poesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora