Baile real

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E o grande momento havia chegado. Os grandes portões haviam se aberto e um monte de gente rica passava por lá. Robin já havia chegado, porém estava escondido porque Vanderson estava recebendo os convidados no portão ao lado de Bell. Ele teve que esperar que todos entrassem. Se passou um tempo e ele finalmente pode entrar. O baile também demorou um pouco, pois todos os príncipes e reis se apresentavam para Bell. Quando o baile finalmente começou, Robin estava confuso.
Ele se sentia um príncipe, naquele grande salão. Mas também se sentiu inferior, pois só havia gente rica ali. Inclusive uma delas se interessou em Robin.
Condessa - Você é de que reino?
Robin - P-pode-se dizer que sou de um reino bem próximo ao daqui.
Condessa - Hm, misterioso... Gosto desse estilo. Eu sou a Condessa Samantha Terceira de Skalvinkand. - Ela disse estendendo a mão para que ele beijasse. Ele se sentindo obrigado, beijou.
Robin - Robin Riley.
Condessa - Você é casado?
Robin ficou sem graça ao ver que a Condessa tinha interesses nele.
Bell chegou bem a tempo.
Bell - Robin, eu estava te procurando. - disse ela puxando ele para longe dela. Logo depois que os dois se foram ela disse indignada com seu fracasso:
Condessa - Vadia invejosa!
Robin e Bell não tinham tempo para distrações, precisavam pegar a chave. Chegaram no quarto de Vanderson e vasculharam as gavetas e armários. Finalmente acharam.
Bell - Achei!!!
Robin - Shhhhh! Alguém pode escutar!
Bell - Achei! Eeeee! - disse ela baixinho.
Robin e Bell sairam correndo de lá, com o maior cuidado para que ninguém os vissem. Ele estava com a chave no bolso. Estavam felizes com a primeira vitória. Mas ainda tinham que achar o contrato. Passaram discretamente pelos guardas e finalmente entraram no cômodo.
Ficaram um tempo vasculhando. Dessa vez foi Robin que achou.
Robin - É este aqui, não é?
Bell - É sim. Agora só preciso assinar e colocar o numero da lei... Que eu preciso me lembrar qual era. Ainda bem que tem um livro de leis por aqui... Ah, achei!
Bell procurava a lei e quando finalmente achou correu para assinar.
   "É muita coincidência ter a pena e a tinta, o contrato e o livro ao mesmo tempo... Meu pai deve estar armando alguma" pensou Bell, mas mesmo assim assinou o contrato. Depois que assinou, puxou Robin pelo braço para sairem de lá. Infelizmente, um dos guardas viu.
Guarda - O que fazem aqui?
Bell - Ah... Eu sou sua rainha, ordeno que nos deixe passar.
O guarda desconfiado os deixou passar, já que era uma ordem.
Num dos corredores mais abaixo, Bell deixou o contrato cair sem perceber. Ainda bem que Percy, que passava por ali, viu o contrato e resolveu guardar. Percy também era amigo de Bell, e gostava de vê-la feliz, e sabia que aquele contrato se referia à aqueles dois ficarem juntos. Mais um motivo é que ele não gostava nem um pouquinho de Vanderson, e que se Robin se casasse com Bell, ele iria embora do castelo por puro ódio.
Bell - Agora só precisamos achar o juíz.
Robin - Vocês têm um juiz?
Bell - Sim. E precisamos achar.
No caminho, Robin se deu de cara com Vanderson. Ele tentou dar meia volta, mas antes que pudesse cair fora dali, Vanderson gritou:
Vanderson - PAREMMM!
Robin - Tô f*dido! - disse baixinho pra si mesmo.
Vanderson - Volta, Robin.
Robin voltou tremendo de medo.
Vanderson - Ele não é nada menos do que um plebeu!
Todos olharam chocados.
Vanderson - Ele é apenas um costureiro idiota! E entrou aqui sem ser convidado!
Bell - Eu o convidei!
Todos riram deles, inclusive Vanderson.
Vanderson - Você tá se achando o pequeno príncipe, é? Hahaha! Leva esse seu chapéu ridículo daqui junto com o lixo que você é pra fora daqui, vai!
E novamente todos riram deles.
Robin - Pegou um poema que tinha no bolso, mas com a tristeza jogou no chão, sem nem ligar no que continha nele ou não. Bell olhou aquela cena por um tempo com lágrima nos olhos. Depois correu atrás dele.
Vanderson olhou para o chão e viu o poema de Robin. Resolveu pegar e ler. Como no poema ele se declarava para Bell, agora sim Robin poderia falar que ele estava f*dido.
     Bell segurou o braço de Robin. Ele estava muito triste, que nem se lembrava da felicidade do contrato assinado.
Bell - Por favor, não vai.
Robin baixou a cabeça e disse:
Robin - Nada me importa agora.
Bell segurou o choro. Robin olhou para Bell novamente revoltado e tirou o braço que ela segurava. Indignado atirou o chapéu no chão e falou:
Robin - Por que eu tinha que te conhecer? Por que eu tive que me envolver nisso? A culpa é minha! Não devia ter me...
Bell - Desculpa se eu não consegui te fazer feliz.
Robin se virou para Bell olhando com tristeza.
Robin - Eu queria que você soubesse o quanto eu te dou valor. E o quanto eu detesto essa história de amor proibido! - disse pegando o chapéu e botando na cabeça novamente.
Bell - Eu detesto ser filha dele! - disse ela chorando. Robin então abraçou Bell.
Bell - Ele não sabe o que é amor de verdade! - disse ela ainda chorando.
Robin - Você me deixa igual um bebê me fazendo chorar. - disse ele levantando o queixo de Bell delicadamente. Um sorriso se abriu entre os dois.
Bell - Sinto um calor. - disse ela olhando nos olhos dele, que logo abaixou mais um pouco até a boca. Os dois aproximavam seus lábios até se encotrarem em um longo e demorado beijo.

Deu a louca na poesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora