25-surpresas.

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O garoto me levou para algum canto afastado, me soltei com raiva, que direito ele tem de fazer isso?

—vejo que se tornou uma oferecida.—cruzou os braços soltando um riso nasalado carregado de ironia.

Bufei irritada.

—você não tem o direito nenhum de opinar no que faço ou deixo de fazer...vai cuidar da vida de sua namorada e me esqueça.—olhei ameaçadoramente para o garoto que não ligou.

Riu escandalosamente, negou varias vezes e me lançou seu olhar debochado.

—deixar você para lá? Não sabe nem sobreviver sem mim...sabe o que aconteceria se continuassem daquele jeito? No outro dia ele nem lembrará de você, apenas fiz um favor.—jogou em minha cara, suas palavras ríspidas me machucaram ainda mais.

—quer saber? Quero que você e aquela morena sonsa se engulam.—virei as costas deixando algumas lágrimas rolarem.

Sai dali, meu pai apareceu em minha frente.

—estava te procurando...está tudo bem?—perguntou preocupado, neguei.

—acho que estou passando mal, desculpe pai mais irei embora.—expliquei, ele concordou.

—tudo bem...mas da próxima você vai ficar, e sem nenhuma desculpa.—sorriu, me abraçando.

Corri para fora do local, andando sem rumo.
As ruas não pareciam mais tão iluminadas assim.

Alguns casais passaram por mim, ouvi um estrondo anunciando chuva, murmurei alguns xingamentos, corri para o coberto de uma das lojas de conveniência me sentando em um dos bancos.

Os pingos caiam pelo chão, apenas se ouvia a famosa canção das inúmeras gotas chocando se contra o concreto ao mesmo tempo.

Suspirei..

—como ele é um idiota!....mas....eu o amo tanto.—abaixei a cabeça sentindo o choro vir embargado.
Um nó se fez em minha garganta.

Os letreiros da lojinha se acenderam iluminando a rua.

Me levantei entrando no local, me aproximei das prateleiras escolhendo algumas guloseimas para comer até a chuva passar, ao comprar paguei no caixa e voltei para meu banco.

Abri o pequeno pacote comendo um canudinho crocante, respirei fundo para não voltar no Mesmo vazio.

Um estrondo se intensificou, encolhi meu corpo assustada, nunca gostei de trovões, me fazem sentir insegura.
Deixando meus dias mais vulneráveis, e na verdade era assim que eu estava, meu coração partido e para piorar trovões detestáveis.

Meu dia não poderia estar pior?

O vestido de seda não era mais volumoso, agora mais parecia encharcado.
O vento bateu contra minha pele fazendo-me se arrepiar pelo frio.

Estou me sentindo como um cubo de gelo, mal consigo mexer meus braços, parecem congelados.

ja não havia ninguém na conveniência, muito menos pela rua.

Um carro parou em frente ao estabelecimento. Ao ver quem havia descido pude sentir meu coração falhar algumas batidas, monbin fechou a porta vindo até mim.

—é tonta? Porque fugiu?—perguntou nervoso, retirou rapidamente seu casaco pousando pelos meus ombros.

Me levantei uma pilha de nervos, não aguento mais suportar tudo isso dentro de mim e ficar calada.

—o que você sabe sobre mim?! Nunca se importou com a minha existência...—não pude segurar as lágrimas, ele pareceu um pouco chocado com minhas palavras repentinas.

—como nunca te notei? Se estou aqui é porque certamente eu me preocupo com você.— passou os dedos pelos cabelos confuso.

—se importa?..–ri debochada.—e depois daqui? Vai acordar na cama da soojin, mas quando precisar a tonta aqui irá estar do seu lado....como pode destruir uma pessoa desse jeito?!—gritei cansada, ele ficou ainda mais confuso.

—o que quer insinuar com isso?—perguntou.

—que está me machucando....jeon monbin ainda não percebeu? Meu coração está quebrado...em caquinhos.—me aproximei, seus olhos encontraram com os meus.—você me faz sentir coisas...que eu ainda desconheço....jeon monbin...eu te amo.—sussurrei a última parte, seus olhos arregalaram surpresos.

Então sem esperar ele me puxou pela cintura colando meus lábios nos seus, fazendo nossos corpo ficarem juntos, a chuva nos molhava, mas naquele momento não nos importávamos.
Sua língua explorou cada canto de minha boca, seu beijo foi carinhoso mas ao mesmo tempo necessitado.
Suas mãos apertaram levemente minha cintura, as batidas de meu peito se uniram com as dele batendo em sincronia.

Ele se afastou com pequenos selares.

—me afastei por não querer assumir que....estou completamente apaixonada por você Yumi....eu te amo.—estremeci com suas palavras sinceras, seus olhos brilharam. Sorri o puxando para um beijo urgente. Sentindo a maciez de seus lábios.

E um sorriso se formou no rosto do garoto me cativando ainda mais...

Filha de park jiminOnde histórias criam vida. Descubra agora