Capítulo 3

257 33 65
                                    

Ao acordar, desorientado, Isaac passa a mão pelo rosto e suspira pesado, ao levantar-se olha à volta.
Suas roupas assim como as da Dina se encontravam jogadas pela sala, fazendo companhia à algumas seringas e cigarros jogados ao chão, em um pulo, Isaac levanta-se e caminha lentamente até o seu quarto.

Ao adentrar em seu quarto, Isaac caminha até ao seu banheiro e, já despido, Isaac coloca-se debaixo do chuveiro. A água fria entrava em contacto com a sua pele, de olhos fechados, Isaac grita.

Grita enojado por mais uma vez, ter caído na ladainha de sua madrasta.

Grita por mais uma vez ter caído em tentação.

Grita por mais uma vez, estar sozinho.

Suas lágrimas se misturavam com a água que caía do chuveiro, suas mãos se fecham em punho, seus lábios se encontravam entre abertos, seus batimentos cardíacos estavam acelerados como nunca.
Após sair do chuveiro, á volta de sua cintura se encontrava uma toalha branca, ao sair do banheiro, abre o seu closet, tirando de lá um moletom e uma cueca de cor preta.

Ao vesti-la, Isaac caminha até a janela e olha para a lua cheia, o fazendo questionar que horas eram, Isaac sai da janela e caminha até a sua cama, alcançando o seu iPhone, desbloqueando o mesmo, ele se depara com sete mensagens de seu primo, Albert, e nove ligações perdidas de seu pai, bloqueia a tela de seu celular e regressa a janela.

Era meia noite, sua mente se encontrava em branco, sua alma e consciência pesada, de cabeça baixa, Isaac brincava com os anéis que se encontravam em seus dedos, fazendo com que uma parte de seu cabelo húmido caísse em sua testa.

Ao elevar o olhar, se depara com uma mulher sentada à janela, aparentemente sem receio algum de cair dela, seus cabelos se encontravam em um coque perfeito, a mesma não notara Isaac, uma vez que se encontrava concentrada no que escrevia em seu caderno.

Poliana ao notar o olhar do seu mais novo vizinho, sorri em sua direção e acena para o mesmo.
Porém, Isaac franze o cenho, cético ao enfiar as mãos nos bolsos de seu moletom cinza.

— Como vai? — pergunta Poliana ao brincar com a caneta, que em seu topo, se encontrava uma pena rosa, entre seus dedos.

Isaac encara-a atentamente, tentando lembrar-se, se a conhecia, embora tivesse a impressão que sim.

— Bem — responde simplesmente, sua voz sai rouca e baixa.

— Ah, nós já nos vimos antes, caso não se lembre, sou Poliana,então, sem sono?

Isaac ponderou em não responder, afinal de contas era só uma nova vizinha que ele acabara de conhecer na janela de seu quarto, mas ao encarar o olhar esperançoso de Poliana ele responde com um menear de cabeça.

— Eu também — diz ao suspirar e encostar a sua cabeça no batente da janela olhando para a lua. E Isaac torna a fazer o mesmo, depois de um tempo, Poliana manisfesta-se: — Eu gosto da noite, ela é calma, e escura, é um palco em que as estrelas são a Lua e...as estrelas - divaga dando uma curta risada.

Fazendo Isaac encara-la, estudá-la, cada detalhe seu, não lhe passou despercebido.

— E o dia?

Diante da pergunta do Isaac, Poliana sorri e cruza os pés, colocando de lado o seu caderno e a caneta.
Oque indicara que a noite seria longa

E foi assim como tudo começou...



•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Tive que mudar algumas coisas do capítulo três por conta de alguns bugs desse aplicativo, mas não foi nada drástico.

Bom, cuidem-se.

#Poliaccforever

Abstinência De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora