Seus olhos enxergavam o céu, mas especificamente os fogos de artifício que lá havia, uma mais encantadora que a outra.
— Feliz ano novo mãe
Diz, ao voltar a sua atenção para a campa da mesma, seus dedos acariciam lentamente a foto de sua mãe, que se encontrava cravada à campa.
Ali, no meio do cemitério, sozinho, fazendo-se o único vivo dalí, Isaac permitiu-se chorar, permitiu-se deixar todas as suas frustrações ali, naquele lugar, com ela.
Mais uma vez Isaac olha para o céu, fazendo promessas, promessas essas que não serão cumpridas, ele tem consciência disso, mas ainda as faz.Ao depositar a túlipa na campa de sua mãe, Isaac levanta-se enfiando as suas mãos na sua jaqueta de cor preta, caminha até a saída olhando a volta. O cemitério era um lugar melancólico, triste, de dia, quê dirá de noite, mas nada o assustara, por que quem habitava nele era bem mais assustador quê um cemitério após escurecer.
Ao chegar a entrada, resolve sair do mesmo jeito que entrou, saltando o murro,uma vez que ele não tinha opções, já do lado de fora Isaac, tira do seu bolso traseiro, um isqueiro e um masso de cigarros, quebrando uma das promessas que fizera anteriormente.
Ao tirar um cigarro do masso, Isaac acende o isqueiro aproximando o cigarro do mesmo, após devolver o cigarro e o isqueiro ao seu bolso traseiro, ele solta a fumaça por entre seus lábios fechando os olhos, deixando as lágrimas caírem livremente pelo seu rosto moreno.
A rua se encontrava deserta, oque era de esperar, as pessoas deviam estar em suas casas com suas famílias, festejando mais um ano que se inicia entre piadas, presentes e gargalhadas.
Isaac não fazia parte dessas pessoas, em vez disso, ele se encontrava na entrada do cemitério, fumando... Chorando, sozinho.O toque do seu celular, o desperta do transe, após limpar os vestígios de lágrimas, Isaac tira o seu celular do bolso e encara a tela do seu celular, sério, Pai, após encerrar a chamada, Isaac senta-se ao passeio sem se importar, com nada ou com ninguém.
Porém o celular volta a tocar, incansável vezes, irritado, Isaac decide atender a chamada, porém nada fala:
— Alô? Isaac? Isaac, eu sei que está aí, filho onde você se meteu, eu e todos estamos preocupados com você — Isaac leva o cigarro de encontro à sua boca, olhando para o além e de seguida, solta a fumaça pelo nariz — Ouve Isaac, venha para casa, estamos esperando por você, não sei onde errei com você — Isaac esboça um sorriso sarcástico — Mas quero me redimir, olha me diga onde você está e eu venho buscá-lo, hmmm? Eu... — Antes que ele possa terminar a frase, Isaac encerra a chamada.
Agarrando firme em seu celular, Isaac cerra a medula, fechando os olhos, ele abaixa a cabeça, ainda mantendo o cigarro entre os dedos, solta um suspiro pesado e funga.
Enquanto Isaac vivia na melancolia, Poliana vivia no fascínio, da janela do seu quarto ela olhava fixamente os fogos de artifício, em suas mãos se encontravam um caderno de notas de cor rosa e uma caneta da mesma cor.
— Vai ficar olhando o céu quê nem uma retardada? — ao escutar a voz de sua irmã, Poliana sai da janela e revira os olhos.
— Feliz ano novo pra você também Sky — diz irônica ao atirar-se em sua cama
Porém Sky não a responde, seu olhar se torna triste ao encarar a porta, Poliana ao notar a mudança repentina de humor de sua irmã, levanta-se da cama e caminha de encontro a Sky.
— Você não está só, somos duas — sussurra docilmente
E Sky, acena lentamente, e de seguida se retira do quarto de sua irmã, e assim Poliana enfia-se debaixo das cobertas, escutando os gritos de felicidade dos seus mais novos vizinhos, ela também queria estar festejando agora...
Infelizmente, querer, não é poder
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Oh zuação, por conta dos bugs do wattpad, que eliminou os capítulos já publicados do livro, tive que fazê-los novamente, uma vez que eu faço os capítulos diretamente daqui, ficou meio...diferente do outro, mas enfim.
Não se esqueçam do voto, e a sua opinião é preciosa pra mim.
Cuidem-se.
#Poliacc
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Abstinência De Você
Romance‹‹ Sou chamado de cafajeste, bad boy, insensível e...viciado Ela sabe disso tudo, e ela sabe que é verdade, mas mesmo assim ela entrou em minha vida como quem nada queria, ensinou-me a diferenciar o certo do errado e no entanto, ela roubou a minha...