Conexão. Foi isso que eu senti desde a nossa primeira conversa. Ele sempre foi muito atencioso e nossa conversa fluía muito bem. Ao poucos ele se apresentou pra mim e em pouco tempo já sabia muita coisa sobre mim. Ok, confesso que tenho esse pequeno defeito em me abrir muito rápido pras pessoas e ele me passava confiança, então...
Em pouco tempo eu já me vi totalmente apegada à ele e aparentemente era recíproco, e então eu me doei aquele amor, mas sabe quando se tem a sensação de que não é pra ser, a sensação de que à qualquer hora aquilo vai acabar? Pois é, eu tinha essa sensação. Por conta dessa sensação, passei a sofrer por antecedência, tanto que eu passei a ser um pouco mais distante, porém, estava tudo bem conosco.
Passaram-se alguns meses e durante esses meses eu o vi poucas vezes, mas o sentimento permanecia o mesmo, entretanto, em outubro de 2017 ele começou a se relacionar com outra pessoa. Doeu, admito, mas o que eu poderia fazer? Isso aí, nada, então só continuei com as minhas coisas.
Chegou Dezembro e eu estava empolgada pois eu viajaria com umas amigas pra passar o Natal e o Reveillon num outro estado. Viajei e na véspera do Natal, recebo uma mensagem. Curioso, já fazia alguns meses que não via esse nome em uma notificação. "Tem um tempo pra gente conversar?". Relutei, não queria que ele afetasse a minha noite, mas qual é, eu não tinha superado ele, quem eu queria enganar? "Olá, tenho sim! Tudo bem?" e então ele me ligou. Segundos antes de atender, meu coração se alegrou, mas no mesmo instante eu me concentrei, não, ele só queria um ombro amigo.
"Alô, tudo bem? Que saudade da sua voz! Ca*****!" Pois é amigos, nessa hora eu me esqueci de qualquer coisa. Qual é? Ele tava com saudade da minha voz, quem sou eu pra não cair nessa?!
Conversamos durante umas 2 horas. Ele me contou que tinha terminado e que precisava de mim, pra poder se sentir melhor, que eu trazia paz pra ele.
"Voltamos", sim entre aspas porquê nós nunca namoramos de fato, mas tínhamos alguma coisa, só não tinha nome.
Os meses se passaram e nosso "relacionamento" passou a ser meio estranho, definitivamente não era mesma coisa.
Não me pergunte como, quando ou porquê, mas acabamos. Aos poucos e lentamente.
Contudo, eu agradeço à ele. Sim, agradeço! E não, não é porque ele "me ensinou que o amor não existe", mas porque ele às vezes pode ser tão intenso e inesquecível, que acaba sendo melhor manter uma amizade forte e saudável, do que algo que não vá à frente e machuque ambas as partes.
É isso, ainda amo ele, mas preferimos manter a amizade.
A chance de você ler isso é miníma, quase inexistente, mas obrigada, por tudo, até mesmo pelas cicatrizes. Aliás, principalmente por elas, afinal, tudo que dá "errado", vira aprendizado.
![](https://img.wattpad.com/cover/70167614-288-k429848.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Doce Vida
Não FicçãoNão é um livro comum, posso afirmar. Tudo que aqui está relatado são fatos reais e que aconteceram comigo. Nenhum nome aqui presente é real. Fora do livro, os nomes são outros. Fiz isso pois não quero expor nenhum personagem (exceto claro, eu). _...