Capítulo 5

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     Gostei de escrever este e fiquei mais orgulhosa que do último. Espero que gosteeemmmm ;))))) 


        Era o Tom, mas porquê?

*Chamada ON*

Tom- És tu, Anna?

Eu- Humm, sim, mas porque estás a ligar?

Tom- Desculpa, mas estás ocupada?

        Não tinha falado com ele sem ser no dia anterior, mal nos conhecíamos, mas notei uma certa preocupação na sua voz. 

Eu- Sim, estou...

Tom- O que quer que seja não podes adiar?

Eu- Não, é a entrevista para a universidade...é muito importante...é a chave para o meu futuro, Tom. Mas para que precisas de mim? Mal nos conhecemos...

Tom-...pois... Mas isto é igualmente importante! Estou a confiar em ti, Anna.

Eu- Vou repetir o que disse: Mal nos conhe...

Tom(interrompendo)- Anna... Estou a contar contigo por isso mesmo.

        Ele tinha-me baralhado completamente.

Eu-Como assim? Não entendi.

        Ouvi um suspiro do outro lado da linha-

Tom- Anna, por favor escuta-me. Preciso de ti agora, isto é sério!

Eu- Então diz-me o que é!

Tom- Não posso, mas se vieres quer dizer que posso mesmo confiar em ti e depois vês o que se passa...

        Apesar da sua afirmação não ter feito muito sentido, percebi o desespero com que me estava a pedir ajuda. Foi então que vi as horas e cometi um dos maiores erros da minha vida.

Eu- Bem...talvez eu não seja de confiança!

*Chamada OFF*

        Desliguei-lhe na cara. Talvez o meu maior ato de irracionalidade na vida, só que eu ainda não o sabia e afinal, a universidade era mais importante... Nem sei como tive a lata de, depois disso, desligar o telemóvel para ele não poder voltar a ligar! Voltei a olhar para o relógio, o que me fez quase correr pelos corredores, coisa que não fiz só por respeito, mesmo.

        A entrevista correu um pouco pior que as minhas espetativas por causa do nervosismo que a chamada do Tom me causou. Todavia, quando liguei ao Andrew para lhe contar como correra, disse que tinha sido ótima e que tinha quase a certeza que iria entrar. Não lhe queria mentir, mas, mais importante que isso, não o queria deixar triste ou preocupado comigo. À Emily contei a verdade, pois ela tinha, à partida mais problemas e mais graves que eu, mas deu-me toda a atenção do mundo, como faz sempre... uma das razões pelas quais é a minha melhor amiga. Quando lhe disse que fora por causa do Tom e lhe contei a história do telemóvel ela ficou super curiosa e sugeriu que seria melhor darmos uma volta no dia seguinte para falarmos melhor sobre o assunto.

        A Em é uma rapariga muito forte, apesar de tudo e bem que precisava que alguém falasse com ela... sem irmãos e a passar pela separação dos pais. Deve ser horrível não ter ninguém para desabafar. Eu tenho o Alex, graças a Deus, não que seja perfeito, até porque o critico muito, mas é meu irmão e amo-o tal como é.


        Voltei a casa um pouco desiludida por causa da entrevista, mas tinha outras coisas em mente: que queria o Tom quando me ligou?... Mal almocei a pensar nisso... estava mesmo arrependida e pela primeira vez nesse dia tive um pensamento claro: " Ele precisava mesmo de mim...apesar de mal nos conhecermos, ele ligou-me a mim. E eu ignorei-o". Alguma coisa muito estranha me dizia que devia ter ajudado o rapaz do piercing no lábio, detalhe que  só agora estava a reparar mentalmente.

        Depois do almoço tentei ligar-lhe várias vezes para pedir desculpa, mas todas sem resposta. Por isso decidi falar-lhe em pessoa. Não sei se me desculparia, mas resolvi tentar.

        Bati à porta tal como da primeira vez, e tal qual acontecera antes, logo uns rápidos passoa se dirigiram a mim pelo interior.

Sra Harrison- Oh, és tu Anna. Entra querida.

Eu- Obrigada, mas não acho que seja necessário. Apenas gostaria de falar com o seu filho...

        De repente o ar alegre da mãe do Tom desvaneceu-se, tornando a sua cara normalmente sorridente numa cara aparentemente preocupada.

Sra Harrison- Ele não está, saiu de manhã cedo. Mas porquê, querida?

Eu- Pois, esta manhã eu estava a preparar-me para a minha entrevista da universidade e ele ligou-me... parecia desesperado e disse-me que precisava de mim, mas não me quis dizer porquê, nem chegou a dizer o local porque entretanto desliguei...

        Pela cara da sra Harrison percebi que ela estava a par da situação, mas a sua preocupação começava a assustar-me. Tentou acalmar-se e depois respondeu-me.

Sra Harrison- É melhor entrares, querida. Está frio cá fora.

        Estranhei, mas obedeci e entrei. A sra Harrison ainda deu uma olhadela à rua antes de entrar e fechar a porta... Ok, isto estava a ficar mesmo estranho...

Hey!! Antes de mais, obrigada pelas 100 leituras :)) E bem, aqui está mais um capítulo, muito importante(e o próximo também) para o desenrolar da história.

Bem parecia que os vossos palpites em relação à chamada estavam errados, mas que sugerem que se passa agora?


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