Eu- Não sei... Acho que foi raptado...-tentei explicar envergonhada.
Mãe- Anna, isto não está a ter piada nenhuma! Onde está o teu irmão?!
Eu- Mãe, ele foi raptado!
Mãe- Só podes estar a brincar comigo!
A minha mãe começava agora a gritar comigo.
Mãe- Onde é que ele está? Podes parar de encobri-lo!-ordenou-me.
Eu- Não o estou a encobrir! Toma! Vê!-gritei já passada.
Mostrei-lhe o telemóvel com a mensagem que ele não chegara a enviar. Ela leu incrédula e começou a chorar. Depois voltou a gritar comigo como não fazia há muito tempo.
Mãe- A responsabilidade de tomar conta dele é tua!
Eu- Mas mãe, eu estava no...
Mãe- Nem mas nem meio mas! Já és maior de idade, devias ser no mínimo responsável!
Eu- Mas eu sou responsável...-murmurei baixando a cabeça.
Conseguia agora ver o ódio nos seus olhos. Mas a culpa não era minha...
Mãe- Se te achas responsável então sai da minha casa e toma conta de ti própria!
Eu- Mãe, tem calma...
Ela olhou-me com desprezo e deu-me uma estalada.
Mãe- Arruma as tuas coisas e sai!-gritou friamente.
Baixei a cabeça e subi as escadas até ao meu quarto a chorar.
Mãe- E não te demores.
Peguei em duas malas de viagem e comecei a colocar roupa e outros objetos pessoais. Apenas as coisas mais importantes. No dia seguinte viria buscar o resto.
As lágrimas escorriam-me pela cara. A minha mãe tinha acabado de me expulsar de casa... Como iria pagar as propinas se entrasse na universidade?
Desci as escadas com as malas e abri a porta da frente. Olhei uma última vez para a sala ainda toda desarrumada. Respirei fundo e saí. Só aí me lembrei que não tinha local para passar a noite: Emily ainda estava em coma e Ashton andava demasiado "ocupado". Nunca fui popular. Eles eram as únicas pessoas em quem podia realmente confiar, os meus verdadeiros amigos...
Espera!! O Tom... quer dizer, ele tinha saído de minha casa há pouco, mas a mãe dele é super simpática e eu estava super necessitada.
Apressei-me a pôr as malas no carro e entrar. Conduzi até ao outro lado da cidade e estacionei no passeio em frente à casa do rapaz loiro.
Aproximei-me da porta principal e estava quase a bater quando ouvi passos atrás de mim.
Tom- Anna?-estranhou ele.
Virei-me e vi Tom. Apesar da pouca luz da noite, os seus olhos azuis mostraram que estivera a chorar.
Eu- Estiveste a chorar?
Baixou a cabeça uns instantes, mas depois voltou a encarar-me.
Tom- Tu também... E que fazes aqui? De certeza que não me vens visitar às 21:00... digo eu...-desculpou-se.
Eu- Pois...
Tom- Vais contar ou...
Eu- Humm... Sim, mas aqui fora está a ficar frio.
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Against each other
Fiksi Remaja" -Nem sempre a primeira escolha é a melhor. O coração só nos deixa pensar corretamente depois de ter a certeza que temos de escolher usando a cabeça, ou seja, depois de cometermos o erro que estávamos a tentar prevenir. -Pois, foi assim que aqui...