No fim do mesmo ano em que matei P1 me formei em teologia e conheci Raquel , minha esposa. (Foi um ano perfeito!).
Mas você deve estar se perguntando, minha prezada leitora, como eu conheci minha esposa. Então vamos lá...
Eu estava com 21 anos recém-completados quando perdi minha virgindade. Confesso que só de relembrar as pernas de P1 se debatendo e seus olhos arregalados fixos nos meus enquanto a estrangulava que fico realmente muito excitado. (Aquela filha da puta teve o fim merecido). Até então eu não tinha sequer beijado uma garota. Foi uma sensação incrível e terrível de satisfação.
Então o ano se passou sem que nada de importante ocorresse para ser descrito e em dezembro me formei. Foi na festa de formatura que conheci aquela que seria minha mulher pelo resto de minha vida de glamour e infelicidades. Fui o orador de minha turma e após meu discurso todo o auditório se colocou de pé e me aplaudiu de forma demorada e fervorosa. (O dom da oratória estava no sangue). Logo após o entusiasmo da plateia uma jovem de 18 anos subiu no palco do auditório e cantou uma música de uma forma tão viva, tão sincera, tão emocionante que fez com que os aplausos que me deram se tornarem insignificantes com a forma que a aplaudiram totalmente extasiados.
– Docentes, formandos e pais, essa foi a cantora gospel Raquel – disse ainda encantado o reitor da Universidade.– Obrigado por nos encantar com sua voz querida. Se sinta convidada para a próxima formatura. – Disse com um sorriso aberto.
Raquel apenas deu um sorriso discreto e encantador. Era sem sombras de dúvidas a garota mais linda que eu já tinha visto. Seus olhos cor de avelã e pequenos num rosto de traços finos, seus cabelos longos, lisos e castanhos. Seu corpo bem desenhado. Tudo. Tudo nela era perfeito. (Não era uma “P” da vida que merecia morrer de forma trágica. Era uma mulher de se ter ao lado para levar nos lugares mais finos da cidade).
Ao final da festa de formatura ela veio em minha direção. Confesso que fiquei nervoso. Logo eu que sou frio e desprovido de sentimentos. Mas considere que nunca me dei bem com as mulheres. Na escola era tido como um garoto estranho e antissocial, do tipo que não atrai a atenção das garotas.
– É realmente encantador o modo como se dirige a plateia, Moisés Lobo, não é? – Disse-me Raquel com um sorriso tímido e ao mesmo tempo ambicioso. – É mesmo o filho da pastora Madalena Lobo?
– Obrigado! Sou sim. Porém mais encantador ainda é o modo como envolve a plateia com sua voz angelical. Minha mãe iria ficar muito feliz se aceitasse o convite de ir cantar na Sede.
Ela também agradeceu com um sorriso generoso aceitando o convite. E foi assim que nos conhecemos.
Queria mais detalhes, querida leitora? Lembre-se que este não é um livro de romance. Não sou muito bem em escrever momentos meigos, prefiro os momentos trágicos e macabros (afinal de contas eu sou um serial killer. Ha! Ha! Ha!).
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CONFISSÕES DE UM PASTOR PSICOPATA
HorrorJá li em algum lugar: "o segredo é saber como morrer". Eu poderia ter uma morte heroica, escrever este livro para me defender de todas as acusações que fazem contra mim. Mas acreditem: eu não sou nenhum mártir; não sou o Cristo e estou cheio de inte...