- Comprou?
- Comprei.
- Onde está tudo?
- Sobre a mesa.
Sobre a mesa redonda de madeira de mogno estavam dispostas cinco sacolas, uma do lado da outra, de tamanhos e cores diferentes, vindas de lojas diversas que tinham rendido muito gasto de sola de tênis nos últimos dias. Fosse apenas sola, seria fácil, ele brincou, com um sorriso amarelo.
- Você acostuma. Mas agora quero ver o que pedi. Abra para mim.
Na primeira sacola, havia uma embalagem da Zorba, com um jogo de três cuecas boxers pretas de tamanho P.
- Tira da embalagem, quero sentir o tecido.
Tirei-as e dei na palma de sua mão. Seus dedos percorreram o tecido, um sorriso malicioso se fez presente em seus lábios e uma curta frase saiu dos seus lábios:
- Põe para mim
- Agora?
- Já!
- Vou vestir
- Peraí, você está indo aonde?
- Ao banheiro?
- Quem falou para se trocar no banheiro?
- Mas...
- Troca aqui, na minha frente
O coração se acelerou, um arrepio percorreu a espinha, um calor fez minhas mãos suarem. Lentamente, comecei a desabotoar e a tirar a camisa social, deixei-a sobre uma das quatro cadeiras que acompanhavam a mesa. Desafrouxei o cinto, abri os botões da calça, encarei você.
- Tira!
Estremeci. Baixei a calça. As ordens tinham provocado um efeito instantâneo: o pau na cueca se mostrava duro.
- Já está assim? Gosta de obedecer? - Você realmente é todo peludo, pelado peludo. Eu amo pelos! É tão másculo, tão sensual. Vai fazer um bom contraponto, porque estou lisinha para você, toda depilada - disse você com seus dedos percorrendo os pelos do peito, da barriga, das coxas.
Fiquei em silêncio, observando o chão, o rosto ardia.
- Vai acostumar a servir, né? Agora tira a cueca e tira essa calça e essas meias. Quero pelado.
Engoli a seco. Baixei a cueca de uma só vez, levantei os pés para que a calça deixassem minhas pernas, tirei as meias. Fiquei ali nu à sua frente. A primeira ação foi usar minhas mãos para cobrir meu sexo.
Suas mãos, em que as unhas pintadas de preto se destacavam, tiraram-nas.
- Pelado, não é pra esconder nada. É bom ir se acostumando, quero você sempre sensual, pelado, gostoso, pra mim.
Engoli a seco de novo. O pau endureceu.
- Viu como você gosta! Seu estímulo é obedecer. A mim- disse levantando o meu queixo e me fazendo encarar seus olhos, que brilhavam, emanavam uma sensação de poder.
- Deixa ver o segundo pacote.
Tirei-o da sacola. Engoli a seco.
- Hahaha. Você comprou mesmo!?
- Sim, esfreguei as mãos suadas, coração se acelerou mais.
- Como foi comprar?
- Difícil.
- Difícil, mas ficou com tesão?
- Na hora, não, fiquei vermelho de vergonha.
- Por quê? Em que hora, me conta.

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Submisso ao avesso
General FictionO sonho de um submisso se transforma em realidade quando ele tem seu primeiro encontro com a domme. Em um universo de regras e códigos criados pelos dois, diante da construção dos primeiros rituais, a privação da liberdade pode ser enlouquecedora e...