Prologue.

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Eu era uma jovem cheia de sonhos, até avistar pelas ruas de N.Y o anúncio que mudaria a minha vida: A vaga de assistente júnior da prestigiada Miranda Priestly, a editora chefe da turbulenta e importantíssima revista sobre moda, Runway

Minha vida costumava ser uma rotina pacata. Precisava de um emprego na área, para começar a minha carreira, mas não tinha grandes ambições, afinal, eu acabara de me formar. A universidade foi um grande desafio na minha vida, mas, finalmente, eu estava livre. Eu apenas sonhava em ser uma jornalista local, casar-me com Nate e ter uma vida como a dos comerciais de margarina que passavam toda manhã pelos canais da TV. 

Bem, neste dia, parei em frente ao anúncio e o analisei. Parecia uma ótima oportunidade para decolar minha carreira, isto é, se eu tivesse a sorte de ser a escolhida em meio de tantas garotas que se matariam para conseguir entrar neste mundo.

" Por quê não tentar, Andy? " — pensei comigo mesma, enquanto anotava o endereço para comparecer na entrevista, no dia seguinte.

Depois desse dia, posso afirmar com toda a certeza que, a minha vida mudou radicalmente. A minha situação financeira melhorou em cem por cento e, eu me tornei uma prestigiada no ramo, devido o contato com a imponente, fria e calculista Dama de Ferro, a editora chefe, o diabo, Miranda Priestly, cuja sempre me tratou como se eu fosse ninguém. Porém, depois de submetida ao comportamento abusivo de Miranda, eu acabei me tornando alguém mais segura de si. Embora todos os impasses, todos os problemas — e quando eu digo "problemas",  eles são imensos — eu nunca a esqueci. 

Já fazem dois ou mais anos que não tenho contato com Miranda ou com a Runway. Eu e Nate não nos falamos mais. Me tornei uma anônima e, agora apenas edito para o Daily News, nada demais. Ainda me pego me lembrando do passado enquanto tomo minhas xícaras de café, perdida em pensamentos.

Eu ouso em dizer que, tudo o que aconteceu foi minha culpa; Minha culpa por ter-me permitido ir tão longe e por ter-me deixado levar por fantasias. Minha culpa por ter-me deixado ser usada e abusada; Minha culpa por ter-me deixado ser destruída e ter todos meus sonhos atirados no chão.

Minha culpa.

Meu nome é Andrea Sachs, sou uma jornalista de vinte e sete anos, editora do jornal Daily News e, o que você irá acompanhar, é como a vida pode ser irônica e o destino pode ser incerto.



NOTA DA AUTORA: 

Espero que vocês gostem da história. Eu venho de uma linha completamente diferente, afinal, eu escrevia (e ainda escrevo) terror e, não sei como vou me sair com esse novo gênero que decidi escrever, para mudar de ares. De qualquer maneira, eu realmente espero que gostem. Estarei aberta à críticas e sugestões. 

Boa leitura!

Com carinho, Liev. 

Mea CulpaOnde histórias criam vida. Descubra agora