Park Jimin tinha uma vida invejável: notas boas, uma aparência que arranca suspiros, os melhores amigos que se poderia pedir e, não menos importante, o namoro perfeito. Só tem um problema: faz dois anos que mantém um relacionamento admirável e saudá...
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ERA QUASE QUATRO da manhã quando Jimin finalmente conseguiu deitar na cama para dormir.
Chegou em casa às três e precisou de muito cuidado para não acordar os pais ao entrar em casa e um mais dobrado ainda ao ajudar Hiyori a tomar banho, vesti-la em um de seus moletons, o qual ficava absurdamente fofo em seu corpo magro e ligeiramente menor que o do namorado, e deitar com ela na cama.
Hiyori aconchegou-se perto dele, como um filhote manhoso, e escondeu seu rosto na curvatura do pescoço do Park, fazendo-o rir baixinho com as cócegas que a respiração pesada da Iki fazia contra sua pele. Ele sempre gostara do cheiro da namorada; era levemente doce por conta do seu perfume suave que misturava-se com o cheiro de seu shampoo de morango. Entretanto, naquela noite, tudo que ainda conseguia sentir era o cheiro forte e cítrico que tornavam o odor da namorada um tanto incômodo as suas narinas sensíveis.
Jimin apertou Hiyori mais contra seu corpo, querendo espantar o sentimento.
─ Minnie, os ingressos. ─ A voz da Iki veio arrastada e quase inaudível.
─ O que tem? ─ o Park perguntou em um sussurro, beijando o alto da sua cabeça antes de começar a acariciar os fios do seu cabelo.
─ Você vai comigo, não é? ─ ela perguntou em meio a um bocejo.
─ Vou sim. ─ Jimin garantiu e não ganhou uma resposta porque Hiyori caiu no sono com o rosto amassado contra seu peito.
O loiro também não demorou muito para adormecer, mas acordou poucas horas mais tarde com a própria Hiyori chamando-o pelo nome. Jimin demorou alguns minutos para se acostumar com a luz forte do dia, entrando pelas cortinas do quarto que esquecera de fechar, e, quando o fez, os olhos encontraram a namorada em pé ao lado da cama com o celular pressionado contra a orelha e os olhos de coral assustados.
─ O que foi? ─ o Park perguntou, confuso e tenebroso com a resposta, sentando-se na cama com seu coração disparando violento demais para seu peito frágil.
─ Tudo bem, pai. Eu estou indo. ─ Hiyori terminou primeiro de falar ao telefone, antes de desligá-lo e responder Jimin com um tom choroso: ─ Minha mãe teve outra recaída. Ela está no hospital e meu pai pediu para eu levar roupas e... ─ Um soluço e lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.
Jimin levantou-se em um pulo, abraçando-a com força contra seu peito, e disse no tom mais leve e calmo que conseguia usar:
─ Ei, meu amor, calma. Lembra que, na última vez, o médico disse que ela podia ficar doente de novo, mas era por causa da falta de costume com os remédios? Deve ser isso. Vai ficar tudo bem. ─ Depositou um beijo demorado em sua testa e sorriu para ela, buscando tranquilizá-la.
Hiyori assentiu repetidas vezes, como se tentasse convencer a si mesma que as palavras eram reais de fato, e fungou mais outras até conseguir parar de chorar e construir palavras coerentes: