Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu estava vivendo o ápice de uma crise. Tenso, trêmulo, inconformado, jamais estive tão abatido. Estava há alguns minutos tentando dominar a agitação em minha mente, mas fracassava. Estive por dias tentando animar-me, mas sentia ser mais fácil gerenciar uma grande empresa de negócios à minha ansiedade. Meu cérebro clamava por um descanso, no entanto, não podia apenas ausentar-me de minhas funções. Afinal de contas, era o diretor-presidente de uma poderosa companhia que tenho muito orgulho e, além disso, sou seu criador e acionista.
Eu havia criado uma empresa pequena que mais tarde recebeu um aporto de meu falecido pai. Ele a organizou e depois abriu seu capital. As ações haviam subido num alto nível nos últimos quatro anos, mais de 1300%, porém como nem tudo são flores, vieram a despencar nos últimos dois meses.
Produzindo roupas de grife a empresa era líder mundial deste segmento, somente nesta área estava faturando mais do que grandes outras empresas por aí. Meu salário de executivo sempre foi vultuoso, tanto que no último ano fiscal ganhei a soma de 100 milhões de dólares. Meus neurônios chegavam a delirar vendo os zeros em minha conta bancária. Contudo, esse ano aparentemente a empresa daria prejuízos, somado a isso alguns acionistas buscavam por minha cabeça.
Imaginando a cena de perder meu cargo, passei as mãos pelos cabelos e recordei uma conversa que tive anteriormente com um dos acionistas da empresa:
— Minha angústia se dá ao fato de que a empresa está parando de crescer — disse em desagrado.
— Não é só a empresa que está enfrentando problemas com as ações. Estes são tempos de crise.
— A indústria de moda cresce tanto no inverno como em igualdade na primavera — relatei algo que claramente ele já sabia, mas não deixei de adicionar: — As pessoas amam comprar coisas desnecessárias que muitas vezes não há forma alguma ou proveitosa de uso.
As notícias nos jornais sobre o último desfile catastrófico que a empresa produziu eram insanas! Eu poderia estar tentando convencer-me de que não cometemos um erro crasso, todavia não era verdade. Podia ver meu rosto frustrado estampado em todas as revistas de moda. O resultado não poderia ser pior na bolsa de valores.
