Capítulo 06

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Quando eu era mais jovem, em várias ocasiões me senti sozinho

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Quando eu era mais jovem, em várias ocasiões me senti sozinho. Meus pais estavam sempre viajando para o trabalho e eu frequentemente me encontrava aos cuidados da governanta e dos trabalhadores domésticos. Apesar de ver os esforços de todos para me agradar, de certa forma eu me sentia sempre solitário. Não fazia questão de ter amigos na época escolar. Eram amizades passageiras que eu perderia com o tempo; sabia que, sempre que possível, meu pai me falava sobre isso. Disse que eu não deveria confiar nas pessoas ou mesmo transformar uma pessoa em um pilar para meu sustento. Indiretamente, ele me disse para não me envolver com alguém de maneira sentimental.

Eu estava longe de ser um garoto sentimentalista, eu apenas era repleto de carência por ser filho único. Sentia falta de alguém da minha idade ou perto disto para poder brincar, conversar, interagir e me distrair. Às vezes eu me via assistindo a outros alunos da escola ao meu redor, especificamente aqueles que tinham irmãos. Entre os diversos irmãos mais novos e mais velhos, chorões, corajosos, brincalhões e protetores, eu os invejava porque eles sabiam que não importavam o quanto não tinham amigos. Eles tinham uns aos outros.

Lembro-me de momentos em que meus pais foram convidados a ir à escola por minha causa. Eu não era um exemplo ruim, minhas notas nunca eram baixas, mas o fato de eu ser um garoto excluído era realmente preocupante. Meus pais ficavam furiosos com isso, meu pai mais que minha mãe. Ele dizia que minha única obrigação era estudar e não ter amigos, que o trabalho dos funcionários da escola era me ensinar e não questionar se eu era ou não um garoto excluído. Ter amizades não valia a pena. Eles me trariam nada menos que problemas e razões para preocupá-lo. Por isso, troquei de escola cinco vezes e, toda vez, vi nos olhos de algumas pessoas pena pela negligência que meus pais tinham comigo.

Aos dez anos, eu estava estudando sozinho na biblioteca de casa quando ouvi a porta sendo aberta e passos leves sendo dados em minha direção. Eu os ignorei porque acreditava que era algum funcionário que estaria lá para limpá-la, mas quando notei o silêncio não pude conter minha curiosidade e meus olhos se arregalaram de surpresa quando encontrei um menino pequeno com pele pálida, olhos azuis e cabelos castanhos curtos olhando para mim com interesse enquanto apertava um carrinho de brinquedo nas mãos.

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