Capítulo 04

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Dizem que você não pode morrer no sonho, pois sua consciência não sabe qual a sensação que é morrer.

Porém, agora literalmente, a morte se encontra bem na minha frente, vindo em alta velocidade em minha direção com sangue em seus olhos.

Sinto meu coração acelerado como nunca esteve antes, e ainda assim, pareço estar presa dentro desse maldito sonho, que durante um determinado tempo era bom demais para ser verdade, mas que agora se tornou um terrível pesadelo.

-- Não pode me machucar, não pode me machucar... -- Repito para mim mesma em voz alta, com esperança de que eu esteja certa.

Ao mesmo tempo que estou com os meus olhos bastante fechados para não presenciar a minha possível morte, não pude ver o que havia acontecido, apenas sentir uma dor aguda no meu braço direito, e alguém gritando:

-- Está querendo morrer sua maldita!? -- Seguindo-se de uma espécie de rugido.

Abro meus olhos querendo mais do que tudo estar naquele café com o idiota do Hamish me pedindo em casamento, mas novamente os meus desejos não foram atendidos, pelo menos não todos, afinal, aparentemente... Fui salva pela pessoa que menos esperava.

Seokjin.

O mesmo havia furado com sua espada o olho do mostruoso animal, arrancando-o para fora. Realmente, não é uma cena muito agradável de se ver.

-- Corre!!! -- Seokjin gritou.

Com um reflexo rápido coloquei-me à correr rapidamente sem rumo algum. Enquanto atrás de mim, os soldados vermelhos em formato de cartas continuavam capturando os animais e seres estranhos da floresta.

*

Já parece estar escurecendo. Estou cansada de tanto andar, e não chegar em lugar algum. Minha mente está uma tremenda confusão, pois depois do acidente... Não tenho mais a capacidade de distinguir o que é verdadeiro ou falso nesse lugar desconhecido na qual eu vim parar.

Estou sentindo uma dor absurda em meu braço, ao mesmo tempo que ele sangra ao ponto de acabar marcando todo caminho em que eu já passei.

Exausta, apenas paro no meio da estrada de terra cercada por imensas árvores. Quem sabe agora, eu finalmente acorde desse maldito sonho louco.

-- Olá... -- Ouço uma voz dizer em meio ao silêncio que existe nessa floresta.

Olho em volta, com medo de estar louca demais para já começar a ouvir vozes. Até que escuto novamente:

-- Como se chama? -- Perguntou, e pude encontrar enfim o dono da voz misteriosa.

-- Olá

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-- Olá... Gato? -- Tento olhar atentamente para ter certeza de que estava vendo um gato falar, ou se eu simplesmente estava enlouquecendo de vez.

-- Bem... Acredito que o seu nome não seja gato, estou certo? -- Disse ele, virando-se e desvirando-se sobre o galho da árvore em que se encontrava.

-- Não... Chamo-me Alice.

-- A... Alice? -- Perguntou ele, certamente mais um em um busca da tal Alice.

-- Mas não sou a Alice que vocês procuram. -- Digo, esclarecendo tudo.

-- Tem certeza? Bem... Eu posso te levar para uma pessoa que pode confirmar isso. Aceita? -- Perguntou ele, e então aconteceu o mesmo que com os outros.

Uma forte luz rodeou o risonho gato, e então ele se transformou em um outro gato... Só que dessa vez humano.

-- Eu não tenho certeza se posso confiar em você

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-- Eu não tenho certeza se posso confiar em você... -- Digo, um pouco receosa. Aparentemente só existem loucos nesse lugar.

-- O que aconteceu com o seu braço? -- Perguntou ele, aproximando-se mais de mim.

Dou um passo atrás.

-- Fique tranquila... Você precisa cuidar desse braço, caso contrário ele pode piorar. -- Disse ele, puxando um pedaço de pano de algum lugar, e enfaixando cuidadosamente o meu braço.

-- Onde é... Esse lugar que você citou?-- Pergunto, pensando na possível possibilidade de ir com ele.

Afinal... O que eu tenho a perder?

-- Te levarei ao Chapeleiro Maluco... Garanto que poderá te dizer quem você é realmente. -- Disse ele, virando-de costas e caminhando pela trilha, como se eu tivesse que segui-lo. -- Ah... E meu nome é Jimin.

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