Capítulo 2

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   O sinal da escola lhe assusta, pois te faz lembrar do raio que viu mais cedo. Junto de seus amigos você se sente melhor, por maior que seja o medo que tenha. Karla, que é a sua amiga mais antiga e Marc, seu psicólogo particular. Durante todo o recreio os dois conversaram sobre assuntos diversos, mas você se manteve em silêncio, no canto, apenas ouvindo.

- O que aconteceu com você? Seus olhos estão arregalados. - Disse Karla, pondo a mão em seu ombro.

- Realmente, você está muito assusta...

- Gente! Eu não quero falar sobre isso. - Disse escondendo a sua cara atrás dos braços.

- Está tudo bem, você está entre amigos. Pode confiar na gente. - Palavras de Marc.

- O que aconteceu? - Perguntou Karla, levantando sua cabeça para que olhe para eles.

- Realmente eu não quero contar.

- Sério?

- Sério Karla, só me deixem digerir isso em paz.

- Tudo bem, mas quando achar que é a hora certa, conte-nos. Só queremos ajudar. - Falou Marc, olhando nos seus olhos.

   Após Marc falar isso, Karla se levantou para ir cumprimentar a professora de física, pois, suas notas não estão boas.

- Quer que eu te compre um lanche? - Perguntou Marc preocupado. - Eu compro ali na cantina.

- Não precisa. - Você olha para ele dizendo. - Estou sem fome.

   Você nunca soube explicar exatamente o porquê de gostar tanto de ficar perto de Marc, talvez seja pelo fato de ele sempre lhe acalmar, por mais estranho que isso pareça, é sempre boa a sensação de ficar a sós com ele.

- Levanta! Vamos comer algo. - Dizia ele se levantando e estendendo a mão para você.

- Não Marc, senta. Eu não vou lá, não estou com fome. - Você resmungava.- Só quero ficar "de boa" aqui com você. - Ele fica corado e você percebe o que disse.

( Puta que pariu, falei merda. Acalma, não foi nada.)

- Então fique aí, eu vou lá comprar alguma coisa. - Disse se virando para a cantina.

-Espere! Eu vou com você. - Você o alcança.

- Pensei que não estava com fome. - Disse ele rindo.

- E não estou. - Você respondeu. - Mas não quero ficar sem ninguém para conversar, a Karla já se foi e agora você.

- Relaxa! - Ele disse te abraçando. - Só vamos comer algo.

   Chegaram na cantina, você olha em volta e percebe que todos haviam, literalmente, desaparecido. Não tinha ninguém ali, nem no pátio, nem na cantina e nem no mundo. Aquele barulho alto dos estudantes conversando misturado com o barulho do trânsito de fora da escola sumiram. O medo lhe consome neste momento. Olhando para trás, você se choca com a cena, uma figura encapuzada, negra e distorcida, parada no centro de um pentagrama vermelho desenhado no chão. Não é possível ver o rosto, nem sua pele pois, as vestes da criatura cobrem tudo.

- Ei! - Marc te cutuca e você volta para a realidade. - Coxinha ou empada?

   Do nada todo mundo volta, porém, você sente uma sensação ruim, uma sensação de que algo está faltando, há um vazio enorme dentro de você. Sua respiração começa a ficar ofegante, sua visão embaça e sua cabeça gira e, do nada, tudo cai.

   Com o seu desmaio, Marc ficou desesperado, as "tias" da cantina correram para lhe acudir. Logo a escola inteira estava envolta de seu corpo caído. Em instantes Stavo aparece e Karla também, junto a eles estavam dois professores e a diretora.

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Oi genteee.
Queria saber se estão gostando da história ou se acham legal esses capítulos curtos...comentem.

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