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ITI MALIA OI 

capitulo com o começo sobre uma reflexão que andei fazendo esses dias, aí eu adaptei pra cá porque eu preciso encher linguiça mesmo.

BOA LEITURA

NÃO ESQUEÇAM DA PARTE QUE ME TOCA: os comentários

hihi

ps; eu vou tentar atualizar dnv mais tarde, mas n sei se vai dar tempo pq vou ir maratonar filme no shopping com minhas cadelas hj (a gente tem q aproveitar o finalzinho do terceirão pra pegar meia entrada dos lugares né fei, acham que somos trouxas?) (PIOR foi quando uma pizzaria fez desconto de 10 reais caso o bozo ganhasse, e a gente, que nem votou, foi e falimos a pizzaria KKKKKKKKKKKKKKK)(AI gente a corrupção já nasce com o brasileiro né, é uma coisa meio que de berço KKKKKKKKKKKKKKK) ENFIM

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Ser e estar são palavras parecidas. Elas, na verdade, têm significados quase semelhantes. Se eu sou alguma coisa, entretanto, isso é o que me define, é o que me forma como pessoa e me faz desenvolver esse senso comum de ideias que aplico com minha vida, mas dependo totalmente do estar para tal condição.

Claro que estar feliz pode te tornar um ser alegre, mas é indiscutível que sorrir o tempo todo não significa uma felicidade utópica que a gente insiste em acreditar. Todos temos nossos momentos de recaída, e assim como não sabemos por muito tempo como ou quem somos, sabemos que estamos, em maioria dos casos.

E enquanto não sabemos quem somos, nossa identidade cobre isso com a ironia de termos nome e sobrenome. Isso, ao menos é ser alguém. Como nos sentimos e como estamos varia, e agora, enquanto vivo minha adolescência, sou apenas Lauren Jauregui, embora eu seja muitas outras coisas ao mesmo tempo, pois elas estão em mim, como estive destinada a me sentir dessa forma uma vez.

Eu sou intersexo, mas só porque me orgulho disso.

Eu sou sortuda, pois ninguém consegue me fazer tão bem quanto as pessoas que estão ao meu redor conseguem.

Ou seja: eu não sei quem sou, mas estou me sentindo o tempo todo.

"Bom dia." Falei, me juntando à mesa onde só faltava Dinah. Ally e Mani responderam do mesmo jeito, Camz me sorriu como de costume, e eu pisquei meus olhos como sinal de cumprimento para lhe dar atenção. "Onde está Dinah?"

"Precioso que tenha sentido minha falta, mas eu estava com dor de barriga. Alarme falso, gente." A loira exclamou, de repente aparecendo e me empurrando para sentar também. Coitada de Camz, que quase foi lançada para fora do banco. "Acho que estou nervosa."

"Por quê?" Mani perguntou, após rir da gentileza nada sutil e real da loira.

"Fiz um teste no Buzzfeed, ele disse que eu ia morrer virgem. Então eu vou ficar tanto tempo sem fazer sexo outra vez que minha virgindade vai voltar? Isso é tipo abrir um iogurte; Você pode até tentar deixar para depois, mas certamente não vai ter a mesma graça porque lamber o plastico é o que torna aquilo emocionante. Estou apavorada...-"

"Se faltar ser humano na terra, você me tem, Dinah." Mani estendeu a mão, me fazendo rir e arregalar os olhos com a probabilidade delas juntas. A polinésia sorriu e tocou os dedos de Normani, colocando os dela ao lado. "Jesus, que dedos enormes... olha, eu retiro a oferta."

"Graças a Deus. Eu não ia cortar minhas unhas, e a parte gay do nosso grupo está COFnaminhadireitaCOF." Levantei a sobrancelha, pois mesmo que falasse rápido, eu ainda entendi a zoeira.

"SIM, e com muito orgulho-"

"Eu não estava falando de você, Lauren-" Então eu gargalhei, notando que as bochechas de Camila, que estava quieta abrindo um chiclete anteriormente, nunca tinham ficado tão vermelhas por um simples comentário completamente pretensioso. Por tanto, eu não fui a única que riu, somente Camz que deixou de o fazer, levantando o dedo do meio para Dinah.

No fundo, a gente sabia que não era nenhuma acusação séria. Era somente o jeito que Dinah se apropriava para brincar, e a conhecendo bem, aquilo não era feito por mal.

"Está tudo certo para nossa festinha particular na próxima semana?" Dinah perguntou, recebendo afirmações de todas as partes, e levantando em seguida. "Tá. Cansei de vocês, tchau." Disse, nos fazendo rir e simplesmente se retirando logo depois.

"Vocês querem ir na biblioteca comigo?" Mani perguntou. Ally respondeu positivamente, e bom, era algo que eu também estava disposta a fazer, isso antes de sentir Camz segurar minha mão por baixo da mesa. Eu a olhei, e talvez ela quisesse conversar sobre algo que só conseguia confiar a mim, então eu optei por dispensar o convite da negra, que somente sorriu e juntamente de Ally se afastou.

Camila soltou minha mão e não disse nada, pegando o celular ao invés de falar comigo.

"O que está fazendo?" Perguntei. Ela franziu o cenho, me olhando.

"Jogando. Olha, eu sou um unicórnio e preciso aumentar meu território sem ser atingida por outros animais." Ri, escorando meu queixo em seu ombro e a assistindo jogar.

"Você queria que eu ficasse para te ver jogar?" Camz riu, negando sem tirar os olhos do aparelho celular.

"Eu quis que ficasse porque... gosto de estar sozinha com você, confesso."

"Isso pareceu tão malicioso na minha cabeça, mas tudo bem, vamos fingir que não." Ela rapidamente me encarou, pois estava ainda jogando.

"Eu disse que gosto da sua presença, safada..." Ri, assentindo. Era no mínimo acolhedor ter alguém como Camila. Eu não me sentia assim com mais ninguém, e isso era a prova da imensidão de nosso carinho uma pela outra. Isso era definitivamente ser melhor amigo.

"Okay. Gosto da sua também." Confessei. Camila sorriu, mas deu uma espécie de grito abafado quando morreu no jogo, e eu gargalhei com sua irritação.

***

É chato quando somos postos em posições que não nos pertence, e nos tornamos obrigados a lidar com isso pois ninguém confia no que a gente diz, ou no que revelamos sentir.

Dinah, por exemplo, insistia que eu e Camila tínhamos um relacionamento amoroso e escondíamos, nisso criou teorias, e uma delas era de que o Sr. e a Sra. Cabello eram homofóbicos, o que não faz sentido, já que sou assumida e sempre bem recebida naquela casa. Na verdade, nada disso se encaixa, pois até já cansei de negar estar em um relacionamento romântico com minha melhor amiga.

"Dinah- muitos melhores amigos dão selinhos despretensiosos e nada acontece depois. Eu sinto carinho por Camila, mas não atração..." A loira virou os olhos, fechando o armário ao lado do meu e se encostando em seguida. Aproveitei para fazer o mesmo.

"Tá! Okay, tudo bem. De qualquer forma, eu tenho essa prima que vive pegando o melhor amigo e os dois parecem irmãos." Franzi o cenho, notando que ela fez o mesmo em seguida. "Como irmão... É forma de expressão, eu não quis dizer que eles cometem incesto-"

"É... então, se sua prima da selinhos no melhor amigo e não faz diferença-"

"Selinho? Selinho, selinho na amígdalas dela, só se for-" gargalhei, fazendo cara de nojo em seguida. Eu e Camila não... a gente não é assim... eu acho.

"Pare de tentar me convencer a beijar Camila..." Dinah deu de ombros.

"Não era você que fazia isso por sentir carinho? Acho que ela não se importaria com mais carinho." Será? Bom, seria engraçado ver sua reação caso eu a beijasse de verdade, sem dúvidas. E Camz entende que o que sentimos é nada além de carinho- "Você está pensando sobre- eu sabia! Eu sabia que vocês estão-"

"Não! Talvez seja engraçado a reação dela... só isso. Não sei se vou beija-la, não há necessidade..." Dinah resmungou, batendo a porta de seu armário e virando.

"Vocês só fazem cu doce. Tomara que morra virgem, Lauren!" E sim, essa parte ela gritou alto, fazendo todos do corredor prestar atenção unicamente em mim, que sorri amarelo.

"Eu sofro de insegurança..." Menti, vendo as cabeças voltarem ao seus afazeres e me ignorando completamente, após as expressões completamente chocadas de todos.

Qual o problema dessa gente?! Bando de precoces!

Kissy Kissy Boo Boo - Camren IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora