Reminiscências de uma infância
Cuja fortuna, podia ter sido muito diferente
Porém o medo impediu
Que eu dissesse sim
E agora por um simples não
Eu vivo a vida impedido
Como é possível, que uma escolha
Feita em criança afecte nossa vida inteira
No entanto, se eu tivesse dito sim
É muito possível, que eu não fosse essa pessoa
Que ama o abstrato, e não faz nada em concreto
Surreal? Não é só a minha arte
Mas sim toda a minha existência
Será a vida uma penitência?
Imagina os meus pecados
Ele(s) me destrui aos bocados
E quando eu olho para aquela criança
Inocente e pura, penso que nada mudou
Mas infelizmente eu sei que é mentira
A mulher que eu amo, diz que eu sou profundo
Já eu acho, que sou raso, vazio
Parco, fraco e um burro
Que vive feliz, apesar de todas as infelicidades
Em minha volta, fechado no meu mundo
Utópico e irónico, amarelo
Como o sol, que me deixou só
E me impediu de sorrir
Queimando por dentro
Aquele ser, que um dia
Eu fui
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Amniótico
PoesíaEstá no âmago do poeta, ser um fingidor Então por isso vou fugir da minha essência E só falar verdades