Lembro do tempo, em que andávamos de braços dados
Agora, é raro darmos um abraço
Apesar de seres, a pessoa que eu mais amo
Ele se meteu no meio
E destruiu, a nossa relaçãoMãe, eu sempre serei o teu menino
Porém hoje, estou viciado noutra mulher
Como se ela fosse coca
Que cola na minha almaNo entanto eu tenho medo
Não do vício, mas sim do espelho
Pois nele eu vejo o reflexo
Da vossa relação, e só eu
Sei os cortes, que ela fez na minha peleEla ainda sangra, tal como a boca dela
Nossas feridas são tão diferentes
Mas são elas, que nos tornam tão iguais
Mais próximos, mais unidosE apesar de todos os nossos erros
Mãe, eu juro que luto
Para que essa minha relação
Seja diferente daquela
Que tiveste, com o homem
Que a minha irmã chama de pai
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Amniótico
ŞiirEstá no âmago do poeta, ser um fingidor Então por isso vou fugir da minha essência E só falar verdades