BÔNUS: Eu não sei quem sou (+18)

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Não demora quase nada até que ele coloque a língua na minha boca. O beijo tem exatamente o gosto que eu imaginei (mas não admito que o fiz): Uma mistura de cigarro com... Dominação.

Meu coração bate forte como nunca, e sinto dificuldade de pensar em qualquer coisa plausível. Como é possível ter algum pensamento claro estando tão perto dele?

Minhas mãos, que estavam firmemente juntas ao corpo, se movem quase involuntariamente para seus ombros. Em resposta, as dele puxam meu corpo inteiro para que fiquemos ainda mais colados. Não há como escapar, e não sei se quero tentar. Na verdade, não sei de nada.

Sou incapaz de mostrar alguma resistência quando ele começa a abrir os botões da minha camisa. Suspiro, vergonhosamente entregue, quando ele beija a curva do meu pescoço e deixa uma pequena mordida no local. Me recordo de alguns minutos atrás, quando ele prometeu que não mordia. Acho que a quebra de uma promessa nunca me agradou tanto.

Subitamente, Ciro se afasta de mim. Chego a tremer de frio, sentindo falta do calor de sua pele.

- Vem cá. - Sua voz soa muito mais suave que o normal.

Sem pestanejar, o acompanho enquanto ele me guia pela mão até um quarto. O fraco cheiro de fumo não me deixa esquecer: é o quarto dele.

Antes mesmo de chegar até a cama, minha camisa é retirada e jogada em algum canto que nem vejo.

As mãos dele são ágeis e não me deixam escapar. Quando ele volta a me beijar, fico tão atordoado que mal percebo que ele já está tirando meu cinto.

Separo o beijo, surpreso.

- Ciro, eu...

- Shh, confia em mim.

Me concentro em tentar não baixar o olhar ao ser lentamente empurrado para a cama enquanto os olhos dele se mantém fixos nos meus.

Me sinto mais nervoso a cada movimento que meus olhos captam, mas também fico cada vez mais excitado. Não sei como nunca percebi que poderia sentir algo tão intenso por homens; também não sei se é apenas ELE que me deixa assim tão vulnerável.

De joelhos na cama logo em minha frente, Ciro lentamente tira a camisa. Observar isso causa em mim um arrepio difícil de disfarçar, e ele sorri quando percebe. Se aproximando de mim como um felino até estar com o rosto bem perto do meu, ele assiste ao meu pequeno desespero quando segura firmemente minha ereção por cima da roupa.

- Esse é o efeito que eu causo em você?

Não tenho ar para responder, já que ele começa a movimentar a mão. Mesmo com duas camada de tecido entre nós, a sensação é indescritível e quase não parece real. Somada aos beijos e leves mordidas que ele deposita em meu pescoço e clavículas, é o suficiente para fazer com que eu não consiga conter os gemidos.

Quando ele retira a mão de onde estava, acabo grunhindo em frustração.

- Não para, por favor...

Aquela risada que está sempre na minha mente se espalha pelo quarto mais uma vez.

- Calma, pra que tanta ansiedade? Eu quero te dar uma coisa ainda melhor.

Quase me engasgo ao sentir ele puxando minha calça para baixo e me deixando totalmente nu. Volto a sentir o sangue pulsando em meus ouvidos desesperadamente.

- Relaxa, Fernandinho, você vai gostar disso.

Fecho os olhos, pois não consigo olhar para o que ele está prestes a fazer.

"Meu Deus, o que eu estou fazendo?" É o pensamento mais claro que passa pela minha mente. O resto é um turbilhão de loucuras sem fim e me vejo sentindo vontade de pará-lo.

Porém, abro os olhos no momento em que ele me envolve com a boca, e todas as dúvidas somem em um milésimo de segundo.

Uma espécie de choque elétrico atravessa as partes mais profundas do meu ser pela segunda vez na noite.

A boca dele é ainda mais quente e macia do que eu imaginei nas horas que passava sozinho em casa (também sem admitir). Não tenho coragem de olhá-lo por muito tempo mesmo querendo, pois o fogo nos olhos dele parece queimar os meus; fecho os olhos com força e jogo a cabeça pra trás para aproveitar tudo ao máximo.

Apesar de desejar que aquilo durasse para sempre, não dura muito. Sua boca se separa de mim com um pequeno estalo. Meus olhos se abrem numa velocidade incrível mas não sou capaz de falar nada quando vejo que ele está retirando as peças de roupa que ainda vestia. Me pego encarando seu corpo inteiro sentindo uma fome que nunca senti por ninguém e começo a tremer por causa da ansiedade e desejo descomunais.

Observo, um pouco perplexo, enquanto ele coloca um preservativo em si mesmo. Não consigo desviar o olhar, e sinto uma pontada dolorosa de insegurança.

Juntando toda a coragem que eu tenho, consigo falar uma única coisa:

- Eu nunca fiz isso antes.

- Eu já. Pode ficar tranquilo. - A voz dele é bem mais suave que o olhar - Quando você quiser que eu pare, eu paro.

Quase totalmente travado, apenas aceno com a cabeça.

Com um sorriso diferente de todos que eu já tinha visto antes, ele se posiciona por cima de mim e volta a beijar meu pescoço, dessa vez intercalando com mordidas no lóbulo da orelha ao mesmo tempo em que corre a mão por minha cintura e quadril.

Eu consigo senti-lo em minha entrada, pacientemente esperando até que eu relaxe um pouco mais. É preciso fazer um pouco de força no começo, e uma sensação de queimação invade meu corpo.

- Você quer que eu pare?

- Não. Continue, por favor...

Ele começa a se movimentar lentamente, de olhos fechados. No mesmo ritmo, vou me acostumando com a dor e uma outra sensação vai ganhando mais espaço: prazer.

Os movimentos dentro de mim vão ficando mais fortes e intensos conforme sinalizo a meu amante. Em dado momento, ele coloca minhas duas pernas sobre seus ombros para ter mais liberdade de movimentação. É desnecessário dizer que fico completamente louco em poucos minutos, perdendo todo o ar ao tentar conter os gemidos mais altos.

- Para de tentar segurar. - Ele sussurra, em meio a gemidos roucos.

- Alguém pode ouvir.

- Esquece isso. Eu quero ouvir você gemendo bem alto, Fernando.

Quase me derreto com suas palavras. Resolvo obedecê-lo. A esse ponto, estimulo a mim mesmo pois sinto que estou perto do orgasmo, mas ele substitui a minha mão pela dele.

É o que faltava para que eu chegasse ao meu limite. Acompanhado de um gemido alto o suficiente para ser considerado um grito, meu líquido escorre pela minha barriga.

Quase ao mesmo tempo, Ciro aumenta o ritmo ao ponto de fazer nossos corpos se chocarem com força a cada estocada. O suor de nossos corpos escorre por nossas peles quentes como fogo e ele logo se retira de mim, arrancando o preservativo com pressa para se esvair em meu abdômen, de forma semelhante à minha.

Olho para nossos líquidos se misturando em meu corpo e começo a salivar. Antes que eu possa colher um pouco com a mão, porém, a língua de Ciro entra em contato com minha pele.

Arqueio as costas com a sensação. A imagem daquele homem sorvendo cada gota de nosso prazer causa um calafrio intenso que me faz começar a gemer de novo. Tão logo termina, meus gemidos são abafados por um beijo cheio dos sabores indescritíveis que eu ansiava.

Quebramos o beijo com alguns selinhos após vários minutos, e ele logo desaba ao meu lado, ofegante e suado como eu.

E é só aí que eu percebo a gravidade do que acabamos de fazer.

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Fun fact: Esse capítulo demorou SEIS DIAS para ser construído kkkkkk perdão por qualquer coisa errada ou sei lá, qualquer coisa eu reviso daqui a pouco

A Raposa e o Cordeiro (Ciro x Haddad)Onde histórias criam vida. Descubra agora