Oi, Feijões
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PoV. Harry
As portas do ônibus se fecharam atrás de mim, e eu respirei fundo.
A paisagem em minha frente, era de árvores, flores e um cachorro dormindo mais ao canto. O céu estava azul, sem ameaça de nuvens. Mas nem a brisa fresca conseguia acalmar meu coração descompensado.
Apertei a alça da mochila que carregava nas costas e olhei para o lado.
Havia uma lanchonete ali. Paredes vermelhas, janelas de madeira escura, e no alto os números 1993 em neon, era, provavelmente, o nome da lanchonete.
Resolvi caminhar até lá, porque sabia que não estava com forças para continuar o caminho que deveria fazer.
A verdade, era que eu tinha acabado de chegar na cidade de Riverdale.
Cidade essa, onde meu pai morava. Eu não o via desde meus dez anos, então esse reencontro estava me deixando tenso.
Abri a porta e um sininho tilintou. Os bancos eram todos de estofados vermelhos e as mesas de madeira escura, como a porta e as janelas.
Haviam duas garotas de um lado, um casal de idosos sendo atendidos por um garçom de cabelo rosa e um adolescente mexendo no celular, no banco mais ao canto.
Haviam quadros em todas as paredes vermelhas, com algumas piadas, trocadilhos, e uma foto de quem devia ter sido o fundador do lugar.
O lugar dava essa sensação de conforto, como se eu já fosse de casa. O cheiro de café e doces pairavam no ar, aumentando a aura de aconchego.
— Bom dia. - a voz chamou minha atenção e me virei em sua direção.
Do outro lado do balcão, estava um rapaz que aparentava ter a minha idade, ou quase.
Era mais baixo do que eu, mas tinha os braços mais musculosos. A barba por fazer, moldando seu maxilar e o cabelo castanho jogado para o lado.
— Posso ajudar? - perguntou. Os olhos tinham um tom calmo de castanho.
Usava camiseta estilo polo, com seu nome bordado no peito do lado esquerdo: "Liam P."
— Um café, por favor. - pedi.
Eu tinha consciência que minha voz saiu mais baixa do que deveria. Mas eu não estava no meu melhor humor.
Ouvir, a sua vida toda, sobre o pai que traiu sua mãe e abandonou a família, só fazia uma aversão crescer dentro do peito.
E agora, com meus dezenove anos, ele telefona, pedindo por uma segunda chance.
Gemma negou imediatamente. Ela não queria ouvir falar dele. Mamãe, sendo a pessoa incrível que era, tentou nos convencer, que a história conturbada, era entre ela e ele. Que tínhamos o direito de tentar uma relação boa com nosso pai.
Demorei um mês para ser convencido, mas, aqui estava eu, na cidade onde ele morava.
Puxei um dos banquinhos perto do balcão e me sentei, colocando a mochila no colo.
Pensei em telefonar para minha mãe e avisar que cheguei bem, mas não estava com ânimo para isso.
— Aqui está. - o garçom depositou uma xícara azul no balcão, com desenhos de âncoras e eu agradeci com um sorriso.
Em cima do balcão, exposto para os clientes, haviam tortas e bolos, dentro de potes de vidro. Pareciam todos deliciosos, mas meu estômago não aceitaria nada naquele momento.
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Thunder
FanfictionHarry é filho do xerife da cidade de Riverdale. Louis é um Serpente. O que essa combinação pode resultar? AVISO: Fanfic publicada apenas no Wattpad, se você está lendo em outra plataforma, provavelmente corre o risco de sofrer um ataque virtual