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PoV. Liam

— Mas o senhor precisa comer. - insisti.

Geoff Payne parou na varanda da nossa casa.

Ele se virou para mim.

— Filho, venha aqui. - acenou.

Confuso, fiz o que ele mandou.

Quando cheguei perto, ele me deu um peteleco na orelha.

— Ai. - reclamei - Por que fez isso?

— Eu te amo. Muito. - ele avisou - Mas hoje é uma terça feira, com um sol de rachar a cuca, e você está dentro de casa, enchendo o saco do seu velho para ele comer.

Suspirei, apoiando a lateral do corpo no batente da porta. O sol iluminava nosso jardim.

— Eu estou preocupado. - me defendi.

Geoff sorriu compreensivo e segurou meu rosto entre as mãos calejadas.

— O médico já disse que a minha condição só melhora. - lembrou - Em algumas semanas nem vou precisar tomar tantos remédios. - ele apertou minha bochecha e se afastou - Eu sei que você precisa se sentir, útil. Mas eu estou bem.

Ajeitou a camiseta e desceu os poucos degraus até o caminho de pedras que ficava no jardim.

— Vou sair dar uma caminhada e tomar sorvete. - avisou - E você devia chamar seu namorado para sair. Se divirta, Liam. Você é jovem e forte. Se divirta. - repetiu.

Com um último sorriso, meu pai passou pelo portão de madeira e seguiu caminho pela calçada, assoviando tranquilamente.

Olhei para trás, para a casa vazia.

Niall devia estar com Josh, já que agora os dois estavam oficialmente namorando. Jade também saiu com Perrie e Harry obviamente devia estar com Louis.

Talvez eu estivesse focado demais no meu pai, mas eu achava mais que normal.

Alcancei a chave do meu carro e tranquei a porta.

O Impala me esperava na garagem, brilhando e pedindo para sair pela rua. Já fazia um tempo que eu não tirava algumas horas só para andar pela cidade de carro, sentindo o vento e observando o mundo.

Segui sem rumo por uns minutos, com o braço na janela e o motor do Impala roncando feliz.

Riverdale parecia até mais bonita e brilhante, desde que os Canibais foram embora e os Justiceiros foram presos. É claro que não seria definitivo, porque sempre sobraria pelo menos um. Mas o pior já tinha passado.

Passei na rua da praça principal da cidade e avistei a família Malik perto do coreto branquinho no centro.

Sorri para mim mesmo e estacionei por ali, saindo do carro e caminhando até eles. O dia estava quente e eu tinha vestido um short jeans pela primeira vez em muito tempo, e uma camiseta de manga curta, porque não gostava de me sentir tão exposto com regatas.

— Liam! - Trisha Malik foi a primeira a me ver. Ela sorriu feliz e acenou animada. Era uma mulher bonita e elegante. O cabelo preso num rabo de cavalo e a tatuagem de Serpente no pescoço.

— Oi, dona Trisha. - parei alguns metros por perto.

Então meus olhos foram para a figura ao lado dela.

Um rapaz alto e de pele morena, olhos idênticos aos da mãe. Ele tinha raspado o cabelo recentemente, deixou bem curtinho. E era incrível como ficou ainda mais lindo.

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