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PoV. Zayn

Eu estava tão concentrado no meu desenho, que dei um pulo quando alguém bateu na porta.

— Puta merda, Tommo. - reclamei e ele riu, se jogando ao meu lado na cama.

— Achei que ia te encontrar se masturbando, então achei melhor bater. - falou, cruzando os braços atrás da cabeça.

Peguei um travesseiro e bati com força na sua cara, mas ele apenas riu.

— Vá se ferrar. - mandei - O que quer aqui?

— Não posso querer ficar perto do meu amigo?

O olhei com uma sobrancelha erguida.

— Charlie te ligou? - perguntei, voltando a fazer uns traços na folha de papel.

Estava no meio de um desenho do meu cachorro, que se encontrava praticamente desmaiado aos meus pés.

— Aquele merda quebrou a máquina de lanches, de novo. - Louis bufou, pegando um caderno na mesinha de cabeceira e folheando devagar, vendo meus desenhos antigos.

— Ele está sofrendo por ter perdido o terceiro ficante do mês. - comentei.

Lembrava que na noite da festa da cidade, Puth, caindo de bêbado, chorou por quase uma hora, reclamando de ser um idiota por ter traído seu ficante.

Eu concordava com a parte do idiota, mas guardei só para mim, enquanto metade dos Serpentes ignoravam o garoto e iam para suas casas.

— Como era o nome desse? - Louis indagou, pensativo, parando num desenho do rosto da minha mãe - Nail? Nier?

— Um tal de Niall. - falei.

Nós dois levantamos os olhares ao mesmo tempo, quando uma figura apareceu na porta do quarto, sendo bem iluminada pela luz do sol que entrava pela janela acima da cama.

— Será que os dois bundões não têm nada melhor para fazer, do que ficar fofocando sobre a vida amorosa das pessoas? - Perrie cruzou os braços, se apoiando no batente da porta.

Era uma moça bonita de cabelos loiros e olhos claros.

— Está chamando a mim de bundão, né? - Tomlinson riu - Porque essa parte aí o Zayn não tem.

Dei um soco nele, o empurrando da cama e ele rolou no chão gargalhando e sendo acompanhado por Perrie.

— Engraçadinhos. - resmunguei.

O quarto em que estávamos, ficava na Toca. Um lugar construído pelos Serpentes antigos, para que pudéssemos usar como a sede, uma espécie de refúgio para nossa gangue. Além de quartos, tinham também salas de estar, de jogos, cozinha e uma sala de armas. Além do porão que todo mundo fingia que não existia, porque a polícia não podia saber o que fazíamos lá dentro.

Tomlinson ficou em pé. O quarto perfeitamente iluminado, atraía a atenção para as inúmeras tatuagens em seus braços e até um pedaço da serpente que havia em suas costas.

— Agora chega de enrolação. - falou, tirando o lápis da minha mão e em seguida fechando o caderno - Você acha que eu esqueci da nossa aposta?

Soltei os braços no colchão.

— Droga. - resmunguei.

Louis me puxou para fora da cama.

— Pez, me salve. - pedi, esticando os braços para a moça parada na porta.

Ela deu espaço para Louis passar com Ônix, meu cachorro, para o corredor, em seguida me olhou.

Eu fazia minha melhor cara de cachorrinho que caiu do caminhão, com beicinho e tudo.

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