#4 - Segundo Tombo

5 0 0
                                    


Edite está no hospital, deitada em sono raso, nariz levemente inchado com ataduras e olho esquerdo um pouco roxo, a agulha do soro parece ser um corpo estranho que deseja ser hospedeiro indesejado, ela coça as fitas insistentemente. Alba, apreensiva, mas com controle emocional mais suportável a situação, está sentada ao lado da irmã; constantemente tenta tirar a mão de Edite para não desfazer o trabalho da enfermeira. Yara e Nelson estão em cadeiras que tem a pretensão de ser confortável! Edite passa a se remexer na cama e acorda com os ânimos de um bicho-preguiça. Eles ficam contentes que ela acorda. Yara e Nelson estão nervosos. Nelson dissimula um "está bem!", mas seus olhos confidenciam uma consternação ainda de tristezas feitas de impactos, socadas de punhos fechados, aquelas que surgem quando menos se espera, de atordoamentos demorados e contínuos; e os olhos vermelhos lhe propõe qualquer verdade pronta que deve sair de boca; mas Nelson permanece mudo. Alba coloca um travesseiro espesso debaixo da cabeça de Edite. Edite expressa desconforto. _Meu bem, nesse mês foram feitos todos esses exames, temos resultado. Achamos melhor falar contigo. Depois se tiver dúvida, fale com o médico. _Alba fala com tranquilidade artificial. Edite olha para yara e Nelson _Porque essa cara, estão bem!? _Aaah filha, coisas que não estamos preparados no atinge de tal forma. Vamos superar! _Mas leucemia é grave ,... mas é possível...! Não vou morrer! Ou é coisa ainda mais greve? Yara faz carinhos e beija a filha com tamanha ternura. _mas essa doença e tao grave assim? _Tudo isso está difícil filha! Para todos nós, isso fora vários tiros! _Nelson desaba a chorar e sai do quarto. Edite fica sem entender. Tem semblante choroso. Mas curiosidade lhe parece mais forte. _Aaaah gente! Me conta o que tá acontecendo... Vou morrer? _Aaaah não! Não é isso! É que não é simples, Edite! mas é algo que podemos contornar! _Alba segue a portadora de notícias desagradáveis. _Mas existe outro problema, não é tão grave. Mas... mas tantas coisas estranhas que defendemos, acaba por ser absurdo! _Querem me matar! O que eu tenho? _ Edite pergunta já nervosa. _Calma filha! Edite ver Nelson atrás da porta pelo reflexo da janela. Edite segura para não chorar. _Não voce não tem nada... Além dessa doença que tem a ser tratada... Bem, o problema que você precisa de um doador compatível. Sabe disso. O problema que nenhum de nós somos compatíveis para transplante...! _Sim, sim! Já me falaram dessa possibilidade! Mas e daí! A notícia é horrível! Mas não é isso que você devem me conta. Diga logo... Normalmente, o doador é um membro da família. Na hora não entendemos, mas.. O médico insistiu num exame de DNA _Caralho Alba! Conta tudo ! Joga tudo em cima de mim... Não suporto esse estágio de quase morte! _Está certa... Edite, meu pai não é seu pai. Edite olha para Alba com estranheza. Olha para o Nelson no reflexo. A mãe tenta pegar a mão de Edite. Edite volta a olhar para Alba. Elas se encaram por muito tempo. Edite vaguei os olhos na irmã na espera de um sorriso, uma gargalhada alta para finalizar uma piada de muito mal gosto. Alba, então, solta uma lágrima vinda de um dois olhos brilhantes, vermelhos. Alba abraça a irmã com força que jamais sentiu igual. Yara abraça as filhas. Nelson sai do quarto em prantos.Final da parte 4

As Amazonas dos Zodíaco - Capitulo ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora